Olhar Jurídico

Terça-feira, 30 de abril de 2024

Notícias | Criminal

Sanidade mental

TJ-MT terá que pagar R$ 10 mil para peritos examinarem réu que queimou jovem em forno de pizzaria

Foto: Olhar Direto

Weber Melquis Venande de Oliveira

Weber Melquis Venande de Oliveira

A juíza Maria Aparecida Ferreira Fago, da 12ª Vara Criminal, determinou que o presidente o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), o desembargador Orlando Perri, promova o pagamento de R$ 10 mil para que dois peritos que atuam na iniciativa privada façam o exame de sanidade mental no réu Weber Melquis Venande de Oliveira.

Weber é acusado de no dia 3 de novembro de 2011 ter matado, esquartejado e queimado o corpo da jovem no forno da Pizzaria Fornalha, de propriedade da família de Weber. O estabelecimento ficava localizado no bairro Barbado, próximo à Avenida Carmindo de Campos, região do Coxipó.

A magistrada, em trecho da decisão, relata que o pedido de instauração de exame toxicológico, bem como de insanidade mental pendente, foi prolatada em 02 de julho de 2012, estando o processo suspenso deste então.

“Infelizmente, a despeito das solicitações deste juízo, até o momento não finalizada a perícia, pelos motivos informados pelo Dr. Alexandre Bustamante dos Santos, Secretário de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso, [...] tudo aliado à falta de data precisa para saneamento dos problemas e o fato de o réu encontrar-se preso, concluído que devia mesmo ser nomeado peritos particulares, para a conclusão do laudo pericial, com os custos suportados pelo Estado”.

Deste modo, a magistrada recomendou a contratação dos médicos peritos Zanizor Rodrigues da Silva e Jonas Eduardo Bernardes Valença. Cada um receberá adiantado o valor de R$ 5 mil cada um.

Segundo a decisão, os profissionais justificaram que a “solicitação de pagamento prévio se dá em razão dos diversos exames já feitos ficarem sem remuneração do Estado, apesar de anteriormente combinado”.

A defesa de Weber alega que o acusado é portador de "anomalia mental", fato que o tornaria inimputável, ou seja, não poderá responder por seus atos. Desse modo, a ação proposta pelo MPE (Ministério Público Estadual) seria extinta.

Acusação

O MPE ofereceu denúncia contra Weber, que confessou ter assassinado a facadas e queimado, no forno da própria pizzaria, o corpo de Katsue, na madrugada do dia 3 de fevereiro.

O rapaz é réu por homicídio triplamente qualificado - motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima - e por destruição de cadáver. Ele está preso desde o dia 13 de fevereiro, no Centro de Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), o antigo Carumbé, em Cuiabá.

Consta da denúncia que o comerciante encerrou o expediente na pizzaria por volta das 23h30. Depois, ele teria ido até a boate Executive's, próxima à Estação Rodoviária de Cuiabá, no bairro Alvorada. Katsue estaria na porta da boate, supostamente fumando maconha, com outras garotas de programa.

Weber teria ficado no local, usando drogas com as jovens e, depois, teria convidado Katsue para sair e pegar dinheiro para comprar drogas. Ele teria levado a jovem até a Pizzaria Fornalha. O acusado contou, em depoimento, que sentiu uma vontade súbita de matar Katsue e assim o fez.

O comerciante disse que deu duas facadas no corpo da vítima, que continuou viva, e outra no pescoço, fatal. Depois, ele colocou o corpo de Katsue dentro do forno e a queimou, usando toras de lenha. Weber também lavou toda a pizzaria, que ficou muito suja de sangue, para esconder o crime. O suspeito se entregou à polícia 10 dias após o crime.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet