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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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Sindicato entra com ação para reverter verba de matrícula na Univag em salários atrasados

Foto: Reprodução

Sindicato entra com ação para reverter verba de matrícula na Univag em salários atrasados
O Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino do Estado de Mato Grosso (Sintrae/MT) impetrou uma ação judicial com o pedido de que todo dinheiro recebido pelo Centro Universitário Univag para a efetuação de matrículas seja revertido ao pagamento dos salários atrasados da instituição. De acordo com o presidente do sindicado, Joaselmo Borges, o principal motivo do processo foi a administração da universidade ter descumprido um acordo de acertar as dívidas com seus funcionários até o dia 13.

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“Eles haviam dito ao sindicato patronal que nos pagariam até o dia 13 de janeiro, a segunda-feira, e não cumpriram isso. Agora queremos bloquear todo dinheiro das matrículas e enviar para uma conta judicial criada especialmente para isso. Então esse dinheiro será usado para pagar as dívidas salariais com os trabalhadores”, afirmou o sindicalista.

O corpo docente da Univag não recebeu o salário referente a outubro, novembro e dezembro de 2013 (pagos no mês subsequente), além do 13º. A Justiça do Trabalho já determinou o pagamento imediato, mas devido ao recesso forense os prazos estão suspensos. Na quinta-feira (09/01) foi aprovada greve geral a partir do dia 20, data em que retornariam as atividades pedagógicas do corpo docente. Para o mesmo dia o Sintrae já programou uma manifestação.

“Vamos nos concentrar no portão da Univag que dá para a ponte Ségio Mota e de lá vamos marchar. A ideia é mostrar que estamos em greve e que não voltaremos sem nossos salários”, explicou Joaselmo, mais conhecido como professor Biro. “A greve é inevitável e vamos mostrar isso. Não há retorno”, asseverou.

Além do problema salarial, os professores também descobriram que a universidade não está repassando os valores do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). “Eles recolhem do nosso salário, como consta nos nossos holerites, mas não pagam ao INSS. É uma vergonha isso. E é por isso que eles não conseguem as certidões para ficarem limpos com o governo”, contou Biro.

A reportagem entrou em contato com a instituição, que prometeu o retorno, mas até a publicação desta matéria manteve-se sem enviar seu posicionamento sobre o caso.
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