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Domingo, 28 de abril de 2024

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Erros irreparáveis

Afastada tabeliã que escriturou imóvel que já havia sido vendido para outra pessoa

Foto: Reprodução

Afastada tabeliã que escriturou imóvel que já havia sido vendido para outra pessoa
O juiz Anderson Gomes Junqueira, da Comarca de Água Boa (730 km da Capital) determinou o afastamento da tabeliã Maria José Pereira de Novais, do Cartório de Registro Civil da Comarca de Cocalinho (923km a leste de Cuiabá). Ela será afastada do cargo por 30 dias.

A tabeliã foi acionada porque não exigiu certidões e documentos que seriam obrigatórios antes de escriturar um imóvel. O erro quase causou danos irreparáveis à sociedade, porque posteriormente ela tomou conhecimento que o imóvel já havia sido vendido a outra pessoa. Desesperada para corrigir o erro, ela cancelou o documento que havia feito, substituindo-o por outro.

Ela também recebeu pena de repreensão por não ter recolhido dentro do prazo a contribuição devida ao Fundo de Apoio ao Judiciário (Funajuris). As duas penalidades serão registradas na ficha funcional da trabalhadora.

Conforme o magistrado que analisou a causa, a tabeliã não cumpriu os deveres de um funcionário público, que é exercer as suas funções com zelo e dedicação, ao contrário, procedeu de forma negligente, omissa e com desleixo.

Em sua defesa, ela alegou que nunca teve a intenção de fraudar documento público e que não agiu de má fé, mas o magistrado observou ser a escrituração uma tarefa básica do profissional notário e também se lembrou de tê-la advertido em correições anteriores de que a conduta dela não estava sendo adequada.

Ao fazer a escrituração pública de um bem imóvel, o escrivão tem que tomar extremo cuidado, pois é de sua responsabilidade conferir e atestar a autenticidade do ato, dar segurança jurídica, impedir nulidades e fraudes.

Já no outro processo, a infração imputada a ela foi de natureza um pouco mais leve, porque ao ser acusada de ter-se apropriado indevidamente da contribuição do Funajuris, ela conseguiu comprovar que “apenas utilizou os recursos para outros fins” tendo ressarcido os valores posteriormente. Sobre esta situação ela também havia sido avisada por diversas vezes que deveria se abster de “usar” dinheiro que não lhe pertencia.

Ela justificou que passou por dificuldades financeiras e que ao devolver o montante não causou dano ao erário.
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