O diretor geral da Escola Superior de Direito (ESUD), o advogado Luiz Orione Neto, revelou em primeira mão ao site Olhar Jurídico que é sócio da unidade do curso preparatório da LFG, especializada em cursos preparatórios para exames da OAB. Por telefone, Orione informou que firmou um contrato no ano de 2008 com o também advogado Rodolfo Maranhão, atual administrador da unidade.

O polo LFG em Cuiabá é investigado por suspeita de estelionato e propaganda enganosa. A empresa, que oferece os cursos em duas unidades de Cuiabá, fechou repentinamente, sem prestar esclarecimento aos alunos que pagavam mensalidades entre R$ 1,7 mil e R$ 3,7 mil.

Orione revelou que pretende acionar judicialmente Maranhão pela administração pífia da unidade educacional, alvo de investigação da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon) por suspeita da prática de estelionato.

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“Eu tenho 25%, o outro sócio 50 % [Rodolfo] e minha ex-esposa outros 25%. Firmamos um contratado com validade de cinco anos, que deve vencer em outubro deste ano, como não foram cumpridas as cláusulas eu irei processá-lo pelos prejuízos que me trouxe”, afirmou em entrevista.

O advogado acredita ainda que tanto o Grupo Anhanguera Educacional, proprietária da franquia LFG, como o administrador Rodolfo Maranhão não souberam administrar o negócio. “A Anhanguera e o administrador agiram muito mal. Por isso vou requerer a quebra de contrato”, complementou.

De acordo com informações da assessoria da Polícia Civil, cerca de 20 estudantes das unidades da Morada do Ouro e Avenida Fernando Correa, encontraram as portas do cursinho fechadas desde a sexta-feira (05) e registraram a ocorrência.

Busca e apreensão

Na manhã de segunda-feira (12) a unidade do curso prepatório da LFG, do bairro Morado do Ouro, foi alvo de uma busca e apreensão promovida pela Polícia Judiciária Civil. A ação foi coordenada pela delegada Ana Cristina Feldner.

Durante as buscas, foram apreendidos computadores e documentos que serão analisados para verificar o destino do dinheiro das matriculas e mensalidades pagas pelos alunos. Outro ponto que será analisado nas investigações é a origem do sinal de satélite, uma vez que a matriz não liberava o sinal para unidade da Morada do Ouro.

O Grupo Anhanguera Educacional, esclareceu que a unidade Morada do Ouro foi aberta de forma irregular pelo antigo parceiro, sem qualquer comunicação com o Grupo, ou seja, sem autorização e sem o devido respaldo contratual.

O interventor da unidade, o advogado Huendel Rolim, informou que o funcionamento da Unidade de Cuiabá, localizada na avenida Fernando Correa, retomou as atividades na segunda-feira (12), cumprindo a liminar deferida pela desembargadora do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Clarice Claudino da Silva.

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