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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Contra a infância

Ex-servidor público que espionava a enteada é condenado a nove anos de prisão por pedofilia

Foto: Reprodução/Facebook

Patrick Ricardo de Arruda

Patrick Ricardo de Arruda

O juiz auxiliar da Primeira Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, Jamilson Haddad Campos, condenou a nove anos e dez meses de prisão o ex-servidor público, Patrick Ricardo de Arruda, por filmar nuas, entre 2012 e 2013, a então enteada, hoje com 14 anos de idade, sua prima e amigas também adolescentes, e ainda uma outra prima de apenas cinco anos de idade.

A denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) apontou que o pedófilo instalou estrategicamente câmaras no banheiro e no quarto da ex-enteada, onde capturava cenas das meninas tomando banho ou se trocando no dormitório, totalizando 21 vídeos.

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Além disso, armazenava no seu computador outros vídeos contendo cenas de sexo explícito baixados na internet. E, segundo laudo pericia e confissão, o homem utilizava um programa onde compartilhava, em uma rede, os vídeos que produzia, informou a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Patrick prestou depoimento em juízo e confessou que já praticava o crime de pedofilia há cerca de três anos antes de começar a conviver com mulher. “Eu modificava a pasta raiz do arquivo do programa P2P. Eu criava uma pasta fantasma.
Eu estudo análise de sistemas. Então eu fazia uma pasta espiã, uma pasta falsa no desktop do computador, que é a área de serviço, e o meu programa P2P sempre buscava nessa pasta de arquivos para compartilhar com os demais”, afirmou o pedófilo em um trecho do depoimento dado em juízo.

Ele é formado em Direito e cursava informática, em uma faculdade particular. Patrick trabalhava na Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas).

O ex-servidor público foi condenado pelas práticas de delitos contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) no artigo 240 parágrafo 2º e inciso 2, que proíbe a produzir, reproduzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança e adolescente. Também foi condenado pelo artigo 241-B, que proíbe adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente.

O crime

Em depoimento, a mãe da adolescente, ex-companheira de Patrick, afirmou que não desconfiou do comportamento do condenado e que o crime só foi descoberto porque seu carro foi furtado e dentro do veículo havia um HD.

Ao encontrar o veículo, policiais averiguaram que o HD estava dentro do carro e ao abri-lo, nas investigações, verificaram o conteúdo. O homem foi preso em flagrante em sua casa, na rua Filinto Muller do bairro Duque de Caxias, os policiais apreenderam cerca de 1,5 mil vídeos pornográficos armazenados no computador. Do total, 500 foram produzidos com crianças e 10 focavam as partes íntimas das vítimas.

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