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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Ministério Público quer prisão preventiva de advogado e investigador de polícia

Conforme informações do delegado Marcelo Jardim, o advogado e o policial já teriam tirado cerca de R$ 10 mil da vítima. Os dois diziam ao homem que ele estava sendo investigado por homicídio e, com isso, o advogado teria pedido dinheiro.

Foto: Reprodução

Processo corre no Fórum da Comarca de Primavera do Leste

Processo corre no Fórum da Comarca de Primavera do Leste

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso emitiu parecer, à juíza Glenda Moreira Borges, da Vara Criminal de Primavera do Leste (200 km de Cuiabá), manifestando-se pela decretação da prisão preventiva do advogado Marcelo Alves Campos, de 32 anos, e do investigador de polícia Antônio José Polare Fonseca.

Os dois foram presos na tarde de quinta-feira (11), naquele município, sob a acusação de extorquir um empresário local e supostamente já ter tirado R$ 10 mil da vítima nos últimos quatro meses.

O MPE ainda requer que seja oficiado a Policia Militar, no prazo de 24 horas, pedindo informações “sobre a existência da sala apta a receber como preso o advogado, para eventual recolhimento”, diz o parecer enviado à magistrada.

Advogado e policial civil são presos acusados de extorquir empresário
Por falta de cela especial, advogado ficará sob regime de prisão domiciliar

Marcelo encontra-se em regime de prisão domiciliar, por falta de cela especial no município para abrigar portadores de diploma de curso superior que foram presos, mas ainda não foram julgados. A determinação judicial para tirar o advogado da delegacia foi concedida ainda na quinta-feira à noite, por volta das 22h, pelo juiz plantonista Eviner Valério, a pedido da 22ª Subseção de Primavera do Leste da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A alegação da OAB do município para o magistrado de plantão foi que houve constrangimento ilegal por Marcelo estar preso em flagrante desde as 14h em repartição policial, contrariando a prerrogativa constante do artigo 7º, inciso V, do Estatuto da Advocacia.

A acusação

Conforme informações do delegado Marcelo Jardim, o advogado e o policial já teriam tirado cerca de R$ 10 mil da vítima. Os dois diziam ao homem que ele estava sendo investigado por homicídio e, com isso, o advogado teria pedido dinheiro.

“Havia informações de que tinham pessoas realizando extorsão e ganhando dinheiro com isso, e então chegou a nosso conhecimento através da vítima e testemunha de que ele estava sendo extorquido pelo investigador da polícia civil e pelo advogado. Então realizamos a prisão em flagrante dos dois, do advogado por corrupção ativa, extorsão e tráfico de influência e do policial por corrupção passiva”, disse Jardim, naquela ocasião.

O delegado disse ainda que o investigador mentia, repassando informações falsas sobre investigações de assassinato. Ele dizia que o cliente do advogado estava para ser preso. Então, o advogado supostamente pedia dinheiro para a vítima.
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