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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Justiça revoga prisão de João Bosco; delegado já deixou sede da Polinter em Cuiabá

Foto: Ilustração

Justiça revoga prisão de João Bosco; delegado já deixou sede da Polinter em Cuiabá
O delegado João Bosco, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) em Cuiabá, acaba de deixar a Polinter na capital. Preso na última semana, o delegado é acusado de associação ao tráfico de drogas na operação na Operação Abadon, desencadeada pela Polícia Civil.

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A revogação foi concedida pelo juiz Moacir Rogério Tortato, da Segunda Vara Criminal, o mesmo que havia expedido o pedido de prisão. A liberdade do delegado atente a pedido da defesa, que antecipou a disposição de Bosco em se manter afastado do cargo para não atrapalhar as investigações.

"O próprio indiciado, no pleito que lançou nos autos, afirmou que entende ser salutar estar afastado de suas funções durante as investigações, a fim de evitar qualquer ingerência no procedimento", sustenta a defesa no pedido de liberdade. Em sua decisão, o juiz revoga a prisão mantendo o delegado afastado de suas funções.
 
A prisão

De acordo com as investigações da Polícia, João Bosco é suspeito de extorquir os traficantes para mantê-los soltos. A titular da Delegacia de Repreensão a Entorpecentes (DRE) Alana Cardoso falou ao Olhar Direto no último dia 27, dia da prisão de Bosco, que o cenário da ‘Operação Abadon’ começou a se desenhar em dezembro de 2012, com a prisão de um homem na rodoviária de Várzea Grande. O traficante foi levado à delegacia após ser pego em flagrante carregando um quilo de pasta base. À época, a Polícia Civil o interrogou e descobriu que a origem do entorpecente era o município de Várzea Grande.

No mês seguinte, em janeiro de 2013, a polícia prendeu em VG um segundo homem. Este carregava consigo 850 gramas de pasta base, do mesmo fornecedor. Dois meses depois, os investigadores identificaram o fornecedor: Marco Antônio da Silva, conhecido como ‘Neném’, que está foragido.

De acordo com Cardoso, uma das pessoas presas conseguiu escapar de avião numa operação da Polícia Federal (PF) contra o tráfico de drogas. Esta, que não teve o nome revelado, foi presa com seis quilos de pasta base.

Neném é tido como chefe da rede de tráfico de drogas na região. A delegada explica como funciona o esquema. “Eles trabalham no sistema de pirâmide: Ele (Marco) é o distribuidor de grande porte. É o que passa para o distribuidor de atacado, que passa para o dono da boca de fumo, que entrega ao ‘avião’, que vende ao usuário de drogas. Uma das pessoas presa na operação”.

Atualizada às 16h24 e às 16h35.
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