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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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RACHA NA PGR

Gurgel admite que exoneração de Déborah Duprat foi por confrontos de opiniões

Foto: José Cruz ABr

Procurador-geral da República, Roberto Gurgel

Procurador-geral da República, Roberto Gurgel

A exoneração da subprocuradora Deborah Duprat do cargo de vice-procuradora-geral foi motivada pelo confronto de opiniões com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel evidenciado na semana passada. A confirmação foi feita pelo próprio Gurgel, segundo informou a Agência Brasil na noite de quinta-feira (12).

Gurgel exonera Deborah Duprat do cargo de vice-procuradora-geral

A divergência de ideias foi registrada durante o julgamento da validade do projeto de lei que inibe a criação de novos partidos, iniciado na última quarta (7). “O relacionamento institucional entre o procurador-geral da República e o vice-procurador-geral pressupõe, e eu diria que até impõe, uma sintonia de conduta que aquele episódio evidenciou que já não era suficiente”, disse Gurgel, a Agência Brasil ao deixar sessão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Enquanto o procurador-geral defendeu em parecer que o projeto de lei sobre os novos partidos é casuístico e inconstitucional, a subprocuradora criticou a interrupção da discussão no Legislativo antes que a lei ficasse pronta. Ela substituiu Gurgel ao apresentar o parecer no plenário do Supremo porque ele estava em missão oficial na Espanha.

O procurador-geral destacou que as divergências são apenas profissionais e que não tem “qualquer restrição pessoal” a Deborah, que voltou a integrar o quadro de 61 subprocuradores-gerais. Ele disse que o cargo de vice será provisoriamente ocupado pela vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau.

Segundo Gurgel, o afastamento de Deborah não está ligado ao contexto da troca na chefia do Ministério Público, que deve ocorrer em agosto. Deborah é uma das três indicadas pela categoria para ocupar o posto.

Candidata à procuradora-geral da República, Ela Wiecko, acredita gênero pode pesar na escolha

Em eleição feita em abril pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), o mais votado foi o subprocurador Rodrigo Janot, com 511 dos 888 votos. Também subprocuradora, Ela Wiecko ficou com 457 votos, e Deborah Duprat aparece em terceiro, com 445 votos.

Uma votação paralela que contabiliza o voto de todos os membros do Ministério Público da União colocou Deborah Duprat em primeiro lugar na lista tríplice para indicação do novo procurador-geral da República.

Se fossem contabilizados no pleito os membros do Ministério Público do Trabalho, do Ministério Público Militar e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Duprat teria ao todo 884 votos.

Em segundo, ficariam Janot, com 576; e em terceiro lugar, com 516 votos, Ella Wiecko. A subprocurador-geral Sandra Cureau teria 308 votos.
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