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Sábado, 27 de abril de 2024

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PROCESSOS PARADOS

STJ adia, de novo, julgamento de conflito de competência sobre ações do escândalo dos maquinários

Foto: Reprodução

STJ adia, de novo, julgamento de conflito de competência sobre ações do escândalo dos maquinários
A primeira seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) adiou novamente nesta quarta-feira (12) o julgamento sobre o “conflito de competência” referente às ações judiciais que tramitam na esfera civil contra envolvidos no “escândalo dos maquinários”. O caso foi retirado da pauta porque o ministro Napoleão Maia Filho passou mal e deixou a sessão, segundo a assessoria do gabinete dele.

Conforme decidido liminarmente pelo ministro (relator), os magistrados responsáveis pelos três processos não podem movimentá-los enquanto o tribunal superior não decidir, no mérito, qual a Justiça competente para julgar o caso.

Uma ação popular tramita na Justiça Federal e há duas ações de improbidade movidas pelo Ministério Público Estadual (MPE) na Justiça estadual. A decisão vai atingir, por exemplo, o ex-governador de Mato Grosso e senador Blairo Maggi (PR), alvo do processo que está nas mãos do juiz federal Julier Sebastião da Silva.

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O conflito foi suscitado pelos advogados Valber Melo e Ricardo Saldanha, que defendem a empresa Cotril Máquinas e Equipamentos. Para o advogado Félix Marques, que representa o empresário Antonio Gaeta (autor da ação popular), não há necessidade de alteração. O julgamento, que já tinha sido adiado no último dia 22, poderá ser retomado na próxima sessão.

Os advogados que levantaram a questão do conflito, que está no STJ desde o início de março, argumentam que “os processos são oriundos dos mesmos fatos e têm o mesmo objeto e as mesmas partes (acusados)”. Alegam que isso representa um “atentado contra a economia processual e contra a segurança jurídica”, além da ocorrência de decisões conflitantes nas esferas distintas.

O caso

O escândalo veio à tona em 2010. No total, R$ 44 milhões teriam sido desviados dos cofres públicos. Irregularidades foram detectadas em processos licitatórios realizados pelo governo estadual (comandado pelo atual senador Blairo Maggi naquela época) – um referente à compra de caminhões e o outro referente à compra de máquinas pesadas.
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