Olhar Jurídico

Sábado, 27 de abril de 2024

Notícias | Geral

CONFRONTO

Gurgel exonera Deborah Duprat do cargo de vice-procuradora-geral

Foto: Montagem OJ

Gurgel exonera Deborah Duprat do cargo de vice-procuradora-geral
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, exonerou na terça-feira (11) a subprocuradora Deborah Duprat do cargo de vice-procuradora-geral. A informação foi confirmada pela assessoria da Procuradoria-Geral da República (PGR), que não justificou o ato. Não há previsão de substituto para o cargo.

Candidata à procuradora-geral da República, Ela Wiecko, acredita gênero pode pesar na escolha

O mandato de Gurgel vence em julho e Deborah é a terceira opção da lista tríplice encaminhada à presidente Dilma Rousseff para a sucessão. Com a dispensa, Deborah volta a exercer apenas o cargo de subprocuradora-geral. Atualmente, o quadro de subprocuradores-gerais tem 61 integrantes.

Além de decidir pela exoneração, Gurgel protocolou uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) na qual requer que os ministros desconsiderem a manifestação de Deborah no julgamento da ação contra a tramitação do projeto de lei que inibe a criação de partidos e a fusão entre legendas. O STF deverá retomar o julgamento do caso nesta quarta-feira.

A Agência Brasil informou que na semana passada, enquanto estava em representação oficial na Espanha, Gurgel foi confrontado duas vezes por Duprat . A divergência de opiniões oficiais no Ministério Público é possível porque os procuradores não são obrigados a seguir a posição de seus superiores hierárquicos.

Ela Wiecko acredita que PEC 37 seja ‘reação’ às ações de improbidade propostas por MPs contra políticos

O primeiro embate de ideias ocorreu durante julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), quando Deborah discordou do parecer de Gurgel contra o projeto de lei que limita a criação de partidos. "Se fossem duas partes em conflito entre si, eu me conservaria calada, mas acredito que esse é um importante e perigoso precedente. Eu sei que o doutor Gurgel esteve bastante preocupado a respeito disso, mas me preocupa a preservação do espaço democrático de discussão", disse Deborah.

No dia seguinte, ela se manifestou favoravelmente à proposta que criou mais quatro tribunais federais no país. Gurgel ainda não havia emitido opinião sobre o caso, pois alertava que a questão poderia ser judicializada e não descartava que a iniciativa poderia partir do próprio Ministério Público.

Em eleição feita em abril pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), o mais votado foi o subprocurador Rodrigo Janot, com 511 dos 888 votos. Também subprocuradora, Ela Wiecko ficou com 457 votos, e Deborah Duprat aparece em terceiro, com 445 votos.

Lista paralela

Uma votação paralela que contabiliza o voto de todos os membros do Ministério Público da União colocou Deborah Duprat em primeiro lugar na lista tríplice para indicação do novo procurador-geral da República.

Se fossem contabilizados no pleito os membros do Ministério Público do Trabalho, do Ministério Público Militar e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Duprat teria ao todo 884 votos.

Em segundo, ficariam Janot, com 576; e em terceiro lugar, com 516 votos, Ella Wiecko. A subprocurador-geral Sandra Cureau teria 308 votos.

Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet