O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Orlando Perri, quer urgência nas investigações e na prisão do assassino da juíza Glauciane Chaves de Melo. A magistrada foi executada a tiros no Fórum de Alto Taquari (479 km a de Cuiabá), na manhã dessa sexta-feira (7). O principal suspeito de ser o autor do disparo é o ex-marido da vítima, Evanderli de Oliveira Lima, que trabalha no hospital municipal e conseguiu fugir após o crime.

“Estamos adotando todas as providências para que a família tenha toda a assistência necessária neste instante difícil e também com relação ao homicida para que ele seja levado às barras da Justiça”, informou. Perri frisou que não apenas o Poder Judiciário, mas toda a sociedade mato-grossense encontra-se enlutada com a perda da jovem magistrada.

O corregedor-geral de Justiça, desembargador Sebastião de Moraes Filho, disse estar horrorizado com a perda trágica da magistrada. “Sinceramente nós estamos chocados com a violência que está imperando neste país”, afirmou.

Além da Polícia Civil que cuida do caso, o Bope e a Polícia Militar também estão auxiliando nas buscas do fugitivo. A Polícia Rodoviária Federal também age no bloqueio das estradas que dão acesso aos estados de Mato Grosso do Sul e Goiás.

Juíza é assassinada a tiros por ex-marido dentro de Fórum

Glauciane Chaves tomou posse em junho de 2012. A entrada em exercício no cargo ocorreu no dia 18. Classificada em 20º lugar no concurso público, ela escolheu a Comarca de Alto Taquari (479km a sul de Cuiabá) para atuar.

Segundo informações do TJMT, na ocasião da escolha, a magistrada informou que fez a escolha levando em consideração, além da indicação de amigos, algumas informações sobre a comarca, que ela considerava estar em franco desenvolvimento e, apesar disso, ser uma comarca tranqüila, com um bom número de servidores.

Na data da posse, Glauciane ainda era casada, eles estavam separados desde dezembro, mas só desfizeram o contrato de união estável em janeiro