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Sexta-feira, 13 de setembro de 2024

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OPERAÇÃO XEQUE MATE

Desembargadores mantêm prisões contra professor e empresário que ostentavam nas redes sociais

Foto: Reprodução

Desembargadores mantêm prisões contra professor e empresário que ostentavam nas redes sociais
Desembargadores da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negaram pedido de Habeas Corpus e mantiveram a prisão do professor David dos Santos Nascimento e do empresário Valdelírio Krug, detidos na Operação Xeque Mate, deflagrada pela Polícia Civil em novembro de 2022. Acórdão foi proferido, por unanimidade, no dia primeiro de março.


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“Não obstante os impetrantes tenham alegado que os pacientes ostentam condições pessoais favoráveis para responder ao processo em liberdade, é cediço que tais atributos não têm o condão de, por si sós, ensejar a restituição da liberdade destes. Posto isso, em sintonia com o parecer ministerial, julgo improcedentes os pedidos deduzidos em favor de Danilo Pereira de Lima e Valdelírio Krug; por consequência, denego a ordem de habeas corpus almejada”, citou o relator do processo, desembargador Luiz Ferreira da Silva.

 Professor da rede básica, David dos Santos Nascimento, alvo da Operação Xeque Mate, ostentava uma vida de luxo com dinheiro do crime angariado com receptação e venda de defensivos agrícolas e cargas de grãos roubados, conforme investigação.
 
Valdelírio Krug, proprietário de uma concessionária especializada na compra e vendas de veículos de luxo na cidade de Sorriso, também foi alvo da polícia. As investigações comprovaram que a empresa foi criada unicamente para a lavagem de valores da associação criminosa responsável por movimentar R$ 70 milhões.
 
A operação incluiu 10 mandados de prisões preventivas e 14 buscas e apreensões domiciliares, além do afastamento de sigilo e sequestro de bens. A atuação do grupo criminoso era, inicialmente, na diluição dos produtos de roubo e furto de defensivos agrícolas.

Foram presos na operação: João Nassif Massufero Izar, Valdelírio Krug, Viviane Menegazzi, David dos Santos Nascimento, Danilo Pereira Lima, Cassiane Reis Mercadante, e Rodrigo Calça. Estão foragidos: Sandoval de Almeida Júnior, Ângelo Markosi da Cunha e Mauri Moreira da Silva.

Conforme apurado pela Polícia Civil, João Nassif seria o líder da quadrilha e agia em diversas frentes, especialmente na receptação qualificada de defensivos agrícolas e de cargas de grãos roubados. Em 2019, ele foi condenado por contrabando de agrotóxicos.

A investigação também chegou ao professor da rede básica de ensino, David Nascimento. Na declaração dele à Receita Federal, o rendimento bruto chegava a quase R$ 10 mil mensais. No entanto, em nome do professor constatou que, no período de 38 meses ele, teve creditado em suas contas bancárias a quantia de R$ 6.679.267,51.
 
No acórdão, os desembargadores seguiram parecer ministerial e entenderam que restou por fundamentada a decisão  decretou a prisão preventiva dos pacientes, a bem da ordem pública, diante dos indicativos individualizados de envolvimento, de ambos, em suposta organização criminosa voltada para a prática de adulteração e falsificação de defensivos agrícolas, roubo e furto de cargas de soja, extorsão, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
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