Olhar Jurídico

Domingo, 19 de maio de 2024

Notícias | Civil

Presidente da Comissão de Direitos Humanos atende mais de 100 detentos em mutirão

A presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MT, Betsey Polistchuk de Miranda, ouviu mais de 100 reeducandos durante o 2º mutirão carcerário realizado durante toda esta semana no Centro de Ressocialização de Cuiabá. Coordenado pelo juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Geraldo Fidelis, o mutirão também envolveu representantes de outras instituições como Ministério Público, Defensoria Pública, Sejudh, Presidência e Corregedoria do TJMT, direção e servidores do CRC, Universidade de Cuiabá e serventuários.


O magistrado elogiou a atuação da representante da OAB/MT considerando-a uma importante parceria. “Que satisfação tê-la nesse trabalho. Betsey Miranda é parceira de primeira hora”, comentou Geraldo Fidelis ao publicar fotos em seu endereço no facebook.

Betsey Miranda relata que iniciava os trabalhos às 8h e só parava às 17h, com intervalo para almoço no próprio CRC. Durante o mutirão, ouvia a reclamação do preso e na mesma hora fazia a checarem da tramitação do processo pela internet. Ao constatar, por exemplo, que ele tinha direito a progredir de pena para o semiaberto, a advogada já encaminhava para o juiz que determinava o levantamento do processo na vara criminal.

Outra situação eram os reeducandos que precisavam de atendimento relacionado à ortopedia (estavam com fraturas ou tinham pinos) e outros. Eles eram encaminhados imediatamente para o tratamento. A presidente da CDH ressaltou que os presos, em geral, são bem atendidos por médicos e dentistas. No local também há oficinas de marcenaria, artesanatos, entre outros.

Um fato chamou a atenção e preocupou a advogada: o alto nível de reincidência que chega a 86%. Ela relatou que todos os atendeu eram reincidentes em vários crimes e pontuou a importância de um trabalho mais humanizado para buscar a recuperação dos apenados.

“É muito válido porque a partir do momento em que a gente conversa e ouve – mais ouve do que fala – leva esperança a eles, destituindo o aspecto de peso existente e humaniza. É um fator da maior importância levar a humanização para dentro do presídio”, finalizou Betsey Miranda.
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