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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Empresa terá de pagar R$ 300 mil em indenização por morte de três funionários

Foto: Reprodução

Empresa terá de pagar R$ 300 mil em indenização por morte de três funionários
A empresa Lopesco Indústria de Subprodutos Animais Ltda terá de pagar R$ 300 mil a título de indenização por danos morais coletivos devido ao episódio em que três funcionários morreram vítimas de acidente de trabalho em um frigorífico da empresa. A quantia foi decidida em um acordo mediado pelo juiz Ângelo Henrique Peres Cestari, da Vara do Trabalho de Colíder.

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De acordo com informações da assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho (MPT), a Lopesco terá de cumprir 18 obrigações de fazer e não fazer, além do pagamento da indenização, em todas as unidades da empresa. “O TAC assinado é de âmbito regional, objetivo que deve ser perseguido pelo Ministério Público do Trabalho, pois exterioriza uma atuação molecular", ressaltou a procuradora do Trabalho Fernanda Alitta Moreira da Costa.

A empresa também terá prazo de 60 dias para apresentar laudos circunstanciados, específicos para cada unidade produtiva estabelecida no estado, atestando o cumprimento do acordo e sua efetiva implementação. O descumprimento desse prazo resultará na aplicação de multa de 50 mil reais por mês.

A tragédia que motivou a ação contra a empresa A tragédia ocorreu em um reservatório utilizado para o armazenamento de tripas animais que continha metabissulfito de sódio. Essa substância química, ao reagir com água, libera dióxido de enxofre, um gás altamente tóxico, causador de dificuldades respiratórias e irritante aos olhos, além de fatal caso inalado.

O trabalhador Sebastião Costa Neves entrou no reservatório que continha a substância química dióxido de enxofre e caiu, inconsciente, dentro do recipiente. Imediatamente o trabalhador Marciel Batista Barbosa adentrou o reservatório para resgatá-lo, mas também perdeu os sentidos.

O trabalhador Valdomiro dos Santos Lobato Ribeiro, ao tomar conhecimento dos colegas acidentados dentro do reservatório, igualmente tentou salvá-los, mas, ao respirar o gás, caiu de bruços dentro do tanque. Milton Ferreira Brito tentou salvar Valdomiro, porém também sucumbiu ao entrar no local. Em seguida, José Pedro de Lima Filho e Vaudeilson Silva dos Santos, empregados da empresa, envidando esforços para o resgate após o rompimento do reservatório, foram igualmente afetados pelos gases e levados ao hospital.

No episódio, perderam a vida os trabalhadores Sebastião Costa Neves, Marciel Batista Barbosa e Valdomiro dos Santos Lobato Ribeiro. Segundo o relatório elaborado pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Mato Grosso, a causa técnica das mortes foi o confinamento em ambiente pobre em oxigênio. Os demais trabalhadores foram resgatados inconscientes e em grave estado de saúde.

O reservatório e os empregados eram mantidos pela Lopesco dentro do frigorífico Guaporé Carnes S/A, em Colíder, com o qual firmou contrato de compra e venda do subproduto animal e onde, por questões de logística, acabou se instalando. A empresa encerrou as suas atividades no complexo do frigorífico após o acidente. Com fimformações da assessoria de imprensa.
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