O procedimento licitatório para contratar uma empresa de engenharia responsável pela construção de um novo edifício para o Fórum de Várzea Grande foi suspenso após o próximo presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador Orlando Perri, pedir vistas dos autos por discordar do atual, Rubens de Oliveira, de que há disponível no orçamento do Judiciário R$ 40 milhões para a obra no ano que vem.

Inicialmente a obra estava orçada em R$ 10 milhões, mas durante sessão do Pleno o atual presidente colocou novamente em votação a proposta, já que houve uma mudança e o valor para a reforma teve um considerável acréscimo passando para R$ 40 milhões.

Ao propor a mudança no valor Rubens de Oliveira assegurou que o orçamento de 2013 do Tribunal é mais que suficiente. Ele afirmou não ter nenhum problema em seu sucessor pedir vistas só pediu que a discussão retomada e definida ainda nessa gestão. “Pelo compromisso moral que tenho com Várzea Grande. Fazendo ou não”.

Orlando Perri, por sua vez, garantiu não ser contra a execução da obra, disse apenas querer estudar a real necessidade de realização da obra e quais motivos estariam ocasionando a divergência de valores.”O que me preocupa é o valor da obra e a real necessidade da comarca de Várzea Grande e a dimensão da obra”.

O novo presidente do Judiciário mato-grossense lembrou que durante a gestão Rubens de Oliveira foram deflagradas 22 obras com custo total R$ 100 milhões e, na maioria dos casos o prazo de execução é outubro de 2013. “A imensa maioria não se chegou a nem 50% de execução. De cara será necessário aditamento de prazo que arrasta aditamento de valores. Preocupa-me muito, pois pelo que minha equipe me posicionou vamos trabalhar no osso. Para investimentos sobrará apenas R$ 7 milhões para 2013, o que não é nada”, considerou Perri.