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Terça-feira, 14 de maio de 2024

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PASSIVO DE R$ 5,5 BILHÕES

Responsável pela Itaipava e Crystal, Grupo Petrópolis tem plano recuperação judicial aprovado

Foto: Reprodução / Ilustração

Responsável pela Itaipava e Crystal, Grupo Petrópolis tem plano recuperação judicial aprovado
O plano de Recuperação Judicial do Grupo Petrópolis foi aprovado nesta segunda-feira (11), durante assembleia geral dos credores. Agora, para vigorar, o plano precisa ser homologado pela Justiça. Com polos em Mato Grosso, o grupo é responsável pelas cervejas Itaipava, Crystal e Petra, além de outras bebidas, e entrou com o pedido de restabelecimento em março deste ano, com dívidas de aproximadamente R$ 5,5 bilhões e cinco mil credores.


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Na noite de segunda, 96,4% dos credores aprovaram o Plano de Recuperação, que deverá ser homologado pela Justiça nos próximos dias. A prioridade será quitar as dívidas com a Classe I: a trabalhista, composta por funcionários e ex-colaboradores do grupo. Para essa classe, será promovido pagamento linear de até R$ 6,6 mil por credor, respeitando o valor de cada crédito, em até 30 dias da Data da Homologação.

Em relação aos credores com garantia real, o plano prevê que a amortização da dívida será feita até o final de dezembro de 2035, com desconto de 70%. Fornecedores e colaboradores terão 10 dias úteis, contados a partir da homologação, para manifestar a condição de pagamento pretendida.

Com uma unidade fabril em Rondonópolis, o Grupo Petrópolis alegou no pedido de recuperação que apenas 40% de suas estruturas de produção estão sendo utilizadas dentro das oito fábricas espalhadas pelo país. Em Cuiabá também há uma unidade da empresa, entretanto, responsável apenas pelo armazenamento do estoque e revenda dos produtos. 

Um dia depois de protocolar o pleito na Justiça, a 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro determinou, por medida cautelar, a antecipação dos efeitos do processo, blindando o grupo de receber cobranças de dívidas.

Ainda de acordo com os dados divulgados, a empresa possui dívida de aproximadamente R$ 5,5 bilhões com fornecedores e terceiros. No documento, os advogados que representam a empresa declararam ainda que o aumento da taxa básica de juros (Selic) fez com que as dívidas se agravassem. 

O objetivo da ação é evitar o atraso de salários e o fechamento total da empresa, que consequentemente causaria a demissão de trabalhadores. 
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