A Justiça Estadual adiou a instrução de quatro processos contra o bicheiro João Arcanjo Ribeiro. Audiências previstas para ocorrer no dia primeiro de abril contariam com o depoimento do pré-candidato ao Senado pelo Democratas, Julio Campos. Os casos são relacionados aos desdobramentos da Operação Arca de Noé.
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Os adiamentos foram estabelecido pelo presidente do Tribunal de Justiça (TJMT), desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha. Medida visa combater propagação do coronavírus. Arcanjo, com 69 anos, e Julio Campos, com 73 anos, fazem parte do grupo de risco do vírus. O Covid-19 é mais letal em idosos.
Além de Júlio Campos, outro nome conhecido que estava previsto para prestar depoimento nas quatro ações era o ex-deputado estadual Gilmar Fabris.
Umas das ações versa sobre a empresa fantasma Ed-Maluco Reparos e Serviços, supostamente utilizada para desviar R$ 1,9 milhão dos cofres da Assembleia Legislativa.
A empresa teria sido utilizada para forjar operações com a Assembleia a fim de possibilitar o desvio de recursos, posteriormente "trocados" na Confiança Factoring, propriedade de João Arcanjo Ribeiro.
Os cheques emitidos em favor da empresa fantasma eram sacados na “boca do caixa” por representantes da própria Assembleia. Segundo a denúncia, os recursos desviados pagaram despesas pessoais e até de campanhas eleitorais dos ex-deputados José Riva e Humberto Bosaipo.
Nome ao Senado
Júlio Campos já se confirmou como pré-candidato ao Senado. Houve inclusive convenção partidária, formalizando o nome.
Porém, o político ainda é classificado como pré-candidato em virtude da eleição suplementar prevista para o dia 26 de abril ter sido cancelada. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ainda não homologou as candidaturas.