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Domingo, 19 de maio de 2024

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MPE abre inquérito civil para investigar propina de R$ 500 mil por mês durante gestão Silval

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

O inquérito para apurar propina da Consignum tramita na Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa

O inquérito para apurar propina da Consignum tramita na Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa

O promotor de Justiça Mauro Zaque, do Ministério Público Estadual (MPE), instaurou nesta quarta-feira (6) inquérito civil para investigar o pagamento de propina para manutenção do contrato entre o Estado de Mato Grosso e a empresa Consignum, que fornece software para gestão da margem de empréstimos consignados aos servidores públicos. A denúncia de propina foi feita pelo próprio dono da empresa, Willians Paulo Mischur, em depoimento à Polícia Civil no dia 15 de março, na segunda fase da Operação Sodoma.


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Com base em notícias veiculadas pela imprensa a respeito do depoimento de Willians, e também em uma denúncia anônima, Zaque resolveu abrir o inquérito na Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, para colher mais subsídios além da investigação policial e apurar o prejuízo aos cofres públicos. O inquérito deve servir de base para uma Ação Civil Pública.

Willians chegou a ser preso temporariamente na Operação Sodoma, mas foi liberado por colaborar com as investigações da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz). Em depoimento ao delegado Marcio Moreno Veras, ele revelou a existência de um esquema de propina para manutenção de contratos na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), preso há mais de seis meses também pela Sodoma.

O empresário afirmou ter pago pelo menos R$ 500 mil por mês para os ex-secretários de Administração (SAD) Cesar Zilio e Pedro Elias, para garantir seu contrato. Ele afirmou ainda ter tido reuniões pessoalmente com o então governador Silval para tratar do pagamento da propina. No total, Willians teria pagado mais de R$ 24 milhões de propina ao longo do governo Silval. 
 
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