Cinquenta alunos do Sexto Ano da Escola Municipal Floriano Bocheneki, do bairro Parque Atalaia, em Cuiabá, foram contemplados com mais uma etapa do Projeto Judiciário na Escola, realizado pelo Poder Judiciário do Estado, por meio da Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso.
A unidade educacional abrigou o projeto piloto e na manhã desta terça-feira (21 de agosto) recebeu nova visita da juíza auxiliar da Vice-Presidência, Edleuza Zorgetti Monteiro da Silva, que falou sobre direitos e deveres das crianças e adolescentes, bem como alertou os alunos sobre a importância de cobrar a presença dos pais e responsáveis tanto na vida cotidiana quanto escolar.
A abrangência do projeto é voltada para alunos do Sexto Ano por recomendação do Ministério da Educação. O Projeto Judiciário na Escola atende à Meta 4 de 2011 do Conselho Nacional de Justiça, que se tornou contínua e determina a implantação nas escolas ou em qualquer espaço público de pelo menos um programa de esclarecimento sobre funções, atividades e órgãos do Poder Judiciário.
Conforme a magistrada, as palestras têm o objetivo de ampliar a consciência dos estudantes. “A partir do momento que os alunos têm noção dos direitos e deveres, apresentam melhora na convivência dentro da escola e da família. Levam o conhecimento para dentro de casa e atuam na conscientização da família como um todo”, asseverou.
A afirmação da juíza é confirmada pela diretora do colégio, Ângela Pereira Gonçalves Cardoso. Ela destaca que após participar do projeto piloto do Judiciário na Escola os estudantes ficaram mais críticos e exigentes, cobrando os direitos que passaram a ter conhecimento. “Eles passaram a cobrar mais até mesmo a presença e participação dos pais na vida escolar. Quando tem reunião dos pais, eles mesmos pedem para que venham”.
Para a gestora escolar, a visita dos juízes nos colégios tem reflexo bastante positivo ainda no entendimento sobre a importância dos estudos na vida dos cidadãos, bem como ajuda a coibir o uso de drogas, situação recorrente no bairro Parque Atalaia. “Outro ponto favorável é a proximidade da comunidade com os magistrados, tirando a ideia que são pessoas distantes e diferentes, quando na verdade são pessoas normais, com família e trabalho”.
A estudante Ana Kelly Justiniano Suares, 13, afirmou que a visita da magistrada foi importante para saber de direitos que tem e não tinha conhecimento. “Eu não sabia que os pais tinham que acompanhar os filhos na escola. E que os adultos que trabalham podem ter seguro-desemprego. Gostei de conhecer a juíza, ela é normal, simples”.
Esta foi a segunda palestra assistida pela estudante Aline Martins, 11, que aprendeu um pouco mais sobre cobrar o que tem direito e cumprir os deveres. “Sei que preciso estudar, aprender e ser boa aluna. É muito interessante a juíza vir explicar as coisas. Eu vou falar disso na minha casa, para meus vizinhos e para os meus amigos”.
Ainda como parte do projeto, no dia 31 de agosto estudantes das escolas contempladas pelo Judiciário nas Escolas visitarão o TJMT e participarão de uma palestra do vice-presidente do TJMT, desembargador Juvenal Pereira da Silva.