O Ministério Público Federal (MPF) abriu um procedimento administrativo par investigar as denúncias de possível fraude e cobrança de propina na licitação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Cuiabá. O modal de transporte custaria hoje R$ 1,4 bilhão aos cofres públicos do Estado.
O procedimento foi instaurado pelo procurador da República Rodrigo Golívio, após as
denúncias feitas servidor público Rowles Magalhães Pereira da Silva, divulgadas pelo site UOL, na semana passada.
Rowles é assessor de gabinete do vice-governador Chico Daltro (PMDB). Ele informou ao portal Uol um suposto jogo de interesses nos bastidores do próprio governo do Estado em relação à licitação do VLT.
As informações vieram a tona um dia após o juiz federal Julier Sebastião acolher recurso do Estado e se manifestar pela continuidade das obras do VLT, em Cuiabá e Várzea Grande.
Inicialmente o juiz substituto da 1ª Vara Federal havia determinado a suspensão das obras, contratos e pagamentos do VLT, diante de uma ação proposta em conjunto pelo Ministério Público Federal e Estadual alegando várias irregularidades.
Equacionado o embate jurídico, o servidor público afirmou que o vencedor do certame já era conhecido há pelo menos um mês antes da entrega das propostas dos participantes. Segundo Rowles, houve pagamento de propinas no valor de R$ 80 milhões.
MPE
O Ministério Público Estadual também instaurou um procedimento para apurar as denúncias feitas pelo servidor ao UOL.