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Sexta-feira, 05 de julho de 2024

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Justiça cita tratamento adequado e mantém prisão preventiva de coronel acusado por morte de advogado

Foto: Reprodução

Justiça cita tratamento adequado e mantém prisão preventiva de coronel acusado por morte de advogado
O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, negou pedido de substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar em face do coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas. Decisão é desta quinta-feira (13). Caçadini é denunciado por homicídio do advogado Roberto Zampieri, em Cuiabá. 


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Coronel alega que, em exame, foi constatado a presença de “troponina” e que tal achado é extremamente preocupante, pois o réu é pessoa idosa, tem problemas cardíacos além de registrar episódios de cólicas renais, decorrentes de nefrolitíase bilateral.
 
A troponina é o principal marcador bioquímico utilizado para confirmar o infarto. Além de questões médicas, Caçadini asseverou acerca de tratamento diverso em comparação com aquele que seria em tese o “mandante” do crime, que está solto.
 
Em sua decisão, Jorge Alexandre salientou que não há tratamento diverso aos réus, uma vez que a aplicação de medidas cautelares ocorreu diante das peculiaridades inerentes ao réu e de acordo com o livre convencimento do magistrado.
 
Juiz garantiu ainda que o Sistema Penitenciário fornece todo atendimento médico adequado e necessário ao denunciado, “uma vez que este faz tratamentos, exames, e todo o necessário para que na medida do possível e diante de suas condições tenha o essencial para a manutenção de sua saúde”.
 
Magistrado citou ainda o suposto crime cometido. “A gravidade concreta do delito e a periculosidade no caso em tela são reveladas pelo modus operandi utilizado na empreitada criminosa. Assim, sua conduta justifica, neste momento, a manutenção da prisão preventiva outrora decretada e o indeferimento da substituição pela prisão domiciliar”.
 
“Diante do exposto, conforme fundamentado acima, indefiro o pedido de substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar e mantenho a prisão preventiva de Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas”, decidiu o juiz.

O caso

O Núcleo de Defesa da Vida do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE) denunciou Antonio Gomes da Silva, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas por homicídio triplamente qualificado do advogado Roberto Zampieri, em Cuiabá.
 
De acordo com a peça, o crime foi cometido mediante paga e promessa de recompensa, com recurso que dificultou a defesa da vítima e emprego de arma de uso restrito.

O advogado Roberto Zampieri foi assassinado com disparos de arma de fogo em dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, próximo ao escritório dele. Conforme a denúncia, “Antonio Gomes da Silva, utilizando-se de recurso que dificultou a defesa da vítima, auxiliado por Hedilerson Fialho Martins Barbosa, agindo ambos mediante paga e promessa de recompensa efetivada por Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, efetuou disparos de arma de fogo contra a vítima”. 
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