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Domingo, 08 de setembro de 2024

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sob investigação

'El Patrón': pessoa não identificada é apontada como chefe de organização que fraudou contratos de R$ 87 milhões

Foto: Reprodução

'El Patrón': pessoa não identificada é apontada como chefe de organização que fraudou contratos de R$ 87 milhões
Parte dos R$ 87 milhões desviados da Saúde de Sinop foi repassada a figura identificada como “El Patrón”, pessoa com identidade ainda não descoberta. Menções sobre essa alcunha aparecem mais de dez vezes na decisão que autorizou a Operação Cartão-Postal, a qual o Olhar Jurídico teve acesso.


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“Hugo [ Castilho - advogado e um dos envolvidos] utiliza uma alcunha para se referir ao provável 'chefe' do esquema e, em vez de utilizar a alcunha 'El Patrón', utiliza-se do termo 'a pessoa'. Tal menção leva a crer que 'El Patrón' e 'A Pessoa' são o mesmo indivíduo, bem como o fato de que Hugo se refere novamente a uma 'prioridade máxima', alusão que já tinha feito quando mencionou pagamentos que seriam direcionados a 'El Patron'”, diz um trecho da ordem.

Deflagrada na manhã desta quinta-feira (19), a operação Cartão Postal teve como alvo empresários, ex-secretário de Saúde de Cuiabá e um advogado. Entre os nomes apurados pelo Olhar Direto estão Jefferson Geraldo Teixeira, Roberta Arend Rodrigues Lopes, Elisangela Bruna da Silva, João Bosco da Silva, Hugo Florêncio de Castilho (advogado) e Célio Rodrigues da Silva. Os dois últimos presos.

A operação visa desarticular uma organização criminosa envolvida em um esquema que desviou recursos da Secretaria de Saúde de Sinop, com prejuízo estimado na casa dos R$ 87 milhões.

O advogado Hugo Castilho é apontado como uma liderança do grupo, responsável por coordenar a lavagem do dinheiro. Jefferson Geraldo Teixeira, sócio de Hugo, também é acusado de participar do esquema.

Por fim, o ex-secretário de saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues da Silva, que já foi preso em outras operações por encabeçar esquemas semelhantes, é denunciado como sendo o terceiro líder, responsável por intermediar o contato do grupo criminoso com agentes públicos do “alto escalão” na pasta da saúde.

Conforme o documento, todos eles estão proibidos de frequentar as dependências da Saúde do município, além de não poderem manter contato com os demais investigados. Eles ainda devem comparecer periodicamente ao juízo para comprovar atividades e estão proibidos de se ausentarem da comarca.

A secretária Municipal de Saúde, Daniela Guelhardo, foi afastada temporariamente do cargo pelo prefeito Roberto Dorner, em decorrência da operação. 
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