Desembargadores do Tribunal de Justiça (TJMT) mantiveram a prisão de Gilmar Bernardes Prestes, homem de 61 anos que assassinou a tiros o advogado Weberkrey Ribeiro Botelho e feriu sua ex-companheira, em Juína. Por unanimidade, os magistrados da Primeira Câmara Criminal negaram ordem de habeas corpus (HC), em decisão colegiada proferida nesta terça-feira (1).
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Idoso mata advogado de 40 anos que estava em companhia de sua ex-companheira; mulher também foi atingida
O relator, desembargador Marcos Machado, anotou em seu voto que as cautelares alternativas pretendidas pela defesa são insuficientes para a garantia da ordem pública, uma vez que Gilmar fugiu da Justiça após os crimes e, também, considerou a reprovabilidade da sua conduta, consistente da prática de homicídio e tentativa de homicídio contra vítimas de seu convívio social e familiar.
Gilmar foi denunciado pelos delitos de homicídio qualificado consumado contra o advogado de 40 anos e o homicídio em sua forma tentada contra sua ex-companheira, identificada como E.B.S.
Ele assassinou o defensor usando um revolver calibre 38, no dia 3 de dezembro de 2022, nas proximidades do espetinho Rancho Caipira, localizado na Rua Itália, em Juína. Segundo boletim da Polícia Militar, os policiais foram acionados, via 190, para atender um homicídio. Diante da denúncia, os agentes foram até a rua Itália e avistaram aglomeração de pessoas próxima a uma Hilux.
Sua defesa ingressou com o HC alegando excesso de tempo na prisão, uma vez que a detenção ocorreu em dezembro de 2022 e, desde então, Gilmar não passou por julgamento.
Além disso, pediu que a detenção de Gilmar fosse convertida em prisão domiciliar caso o pedido inicial não fosse acatado. Contudo, ao analisar os autos, desembargadores não visualizaram elementos que justificassem o pedido.
Marcos Machado anotou em seu voto os fundamentos proferidos pelo magistrado da 3ª Vara Criminal de Juína, que o manteve preso após a custódia. Ele foi seguido por unanimidade pelos outros membros da turma julgadora.
“Em análise detida aos autos, considerando a excepcionalidade da prisão, diante dos princípios da proporcionalidade e razoabilidade, considero inadequadas/insuficientes a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão. Desta forma, tenho que restam configurados os pressupostos autorizadores da medida excepcional. Ante o exposto, converto a prisão em flagrante de Gilmar Bernardes Prestes em preventiva, para garantia da ordem pública”, proferiu o juiz plantonista que o manteve preso após audiência de custódia, Antônio Muniz Rocha.
No veículo em questão, foram encontrados dois homens e uma mulher, possivelmente baleados por arma de fogo. Reclamando de fortes dores, a mulher estava consciente, com ferimentos nas duas pernas e no braço esquerdo. Socorrista médico que atendeu o caso constatou que o advogado estava sem vida devido a disparo que atingiu sua lombar.
A mulher relatou que o autor dos disparos era seu ex-companheiro. Segundo testemunhas que presenciaram o fato, o suspeito estava em uma caminhonete Hilux prata, atirou contra as vítimas e saiu em rumo ignorado.
Após diligências, os militares foram avisados que o veículo do criminoso teria sido visto trafegando sentido Castanheira, próximo ao Parque de Exposição. Os agentes realizaram rondas pela área com intuito de localizar o suspeito.
Porém, ele só foi encontrado cerca de 5 quilômetros da cidade de Juína. Na cintura do idoso de 61 anos, os policiais apreenderam revólver calibre 38 da marca Rossi. Ao ser abordado, ele resistiu a prisão, sendo necessário uso da força policial para contê-lo.
Diante do fato, foi confeccionado Boletim de Ocorrência. O idoso e sua caminhonete foram encaminhados para a delegacia de Polícia Judiciária Civil do município. O caso foi enquadrado como homicídio doloso tentado e homicídio doloso consumado.
Nas redes sociais, amigos e familiares lamentaram a morte do advogado. “Esse conheço muitas décadas ótimo advogado ótima pessoa amiga tinha uma educação pra conversar com a gente ótimo profissional Deus tenha misericórdia de seu pai que deve está espedaçado”, lamentou V.F.
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