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Quinta-feira, 29 de agosto de 2024

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OPERAÇÃO PROSPECÇÃO

Empresário que recebeu 8 toneladas de soja furtada tem caminhonetes e caminhões sequestrados pela Justiça

Foto: Reprodução / Ilustração

Empresário que recebeu 8 toneladas de soja furtada tem caminhonetes e caminhões sequestrados pela Justiça
O juiz Jean Garcia Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, manteve o sequestro de caminhões, caminhonetes e cinco carros de grupo especializado em roubar vagões de carga da empresa Rumo Logística, em Alto Taquari, desarticulado no âmbito da operação Prospecção, da Polícia Judiciária Civil. Pedido de restituição de bens foi proposto pelo empresário Ricardo Ribeiro de Jesus, proprietário da L.R. Nutrição Animal e Produtos Agrícolas. Segundo a operação, ele receptou, entre 2020 e 2021, oito toneladas de farelo de soja que, em tese, teriam sido furtados dos vagões da Rumo.


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“Consoante análise das ligações registradas entre os interceptados foi possível apurar que, nos dias 29/12/2020 e 07/01/2021, o grupo vendeu 08 toneladas do farelo de soja, em tese, furtadas das locomotivas da empresa Rumo Logística, ao que tudo indica, para o empresário Ricardo Bruno Ribeiro de jesus, proprietário da empresa L.R. Nutrição Animal e Produtos Agropecuários, com sede na cidade de Santa Rita do Araguaia/GO”, salientou o magistrado na decisão.

Argumenta a defesa no pedido que os bens seriam de uso particular e da empresa. Ainda, que os outros veículos, a maioria deles alienados ao banco credor, são utilizados para executar serviços da companhia e que os cheques nominais, bem como a quantia de dinheiro em espécie apreendidos foram recebidos por clientes, e seriam destinados para pagamento dos salários de seus colaboradores e outras despesas.

A ação de busca e apreensão da Operação, autorizada pelo magistrado da 7ª Vara Criminal, sequestrou Revolver marca Taurus, calibre 357, Carabina marca CBC, calibre 22, munições, centenas de milhares de reais, as caminhonetes I/RAM, de cor Preta, Toyota SWR, 1 Caminhão Volkswagem, Pickup Fiat Strada, Caminhão Mercedes Benz e camioneta Hillux.

Instado a se manifestar, o Ministério Público sustentou que a restituição somente pode ocorrer quando não mais interessar ao processo, o que não é o caso. O juiz, então, autorizou o uso provisório dos bens sob custódia da Polícia Civil.

“Diante do exposto, comprovado o interesse público e social, visando à conservação do veículo, existe previsão para a afetação provisória de bens, colocando-os sob o uso e custódia da Polícia Judiciária Civil, até ulterior decisão sobre a destinação do mesmo, motivo pelo qual o pleito merece deferimento" decidiu o magistrado.

De acordo com as investigações da PJC, a organização criminosa - composta por André da Silva Moura, vulgo "Zói", Cristiano da Silva Moura, vulgo "Preto" ou "Neguin", Ivonei Cornélio da Silva, vulgo "Gais", Paulo Henrique Cornélio da Silva, Juraci Cornélio da Silva, vulgo "Chupeta", Warley Oliveira de Souza, Francisco Matheus do Carmo Sousa, Thaygor de Souza Figueiredo, Rafael Gomes Assis, Adriano Sousa Barbosa e Elton Junior Tessaro Pitchenn, vulgo "Junão" -, também roubava vagões de combustíveis.

Os crimes contaram com a participação de "outro grupo, de receptadores ou empresários, identificados como Vitor Ricardo Lopes da Silva, José João Vicente, Antonio Gregui Germano, Laura Gomes de Moraes, José Carlos da Rocha, Ivaldir Gomes de Carvalho, Jorge Luiz Gomes Oliveira, João Batista Gomes Oliveira e Ricardo Bruno Ribeiro de Jesus".
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