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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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OPERAÇÃO DIAPHTHORA

Delegado teria recebido caminhonete como parte de pagamento de propina por sobrinho de ex-governador

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Delegado teria recebido caminhonete como parte de pagamento de propina por sobrinho de ex-governador
Investigações por parte do Núcleo de Inteligência da Corregedoria da Polícia Civil apontaram que o delegado Geordan Fontenelle, 34 anos, preso na Operação Diaphthora, deflagrada nesta quarta-feira (17), teria recebido uma Mitsubishi MMC/L200 Triton Savana do sobrinho do ex-governador Silval Barbosa (sem partido), Antônio da Cunha Barbosa Neto, como parte de pagamento de propina.

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As informações constam na decisão assinada pela juíza Paula Tathiana Pinheiro, da 2ª Vara Criminal de Peixoto de Azevedo (675 km de Cuiabá). Além do delegado, foi preso o investigador Marcos Paulo Angeli.
 
O Núcleo de Inteligência da Corregedoria apontou que Antônio da Cunha esteve na Delegacia de Peixoto de Azevedo portando uma mochila preta. Entretanto, ao deixar a unidade, já não estava mais a carregando consigo.
 
A decisão apontou também que Geordan chegou à delegacia dirigindo a camionete, que, naquela ocasião ainda estava em nome de Antôniιο da Cunha.
 
“Contudo, numa atitude completamente estranha, no dia 17/10/2022, houve a comunicação de venda e, consequentemente, a transferência de propriedade desse veículo para Letícia Cristina de Souza Araújo, esposa de Geordan”, diz trecho da decisão.
 
Em outra parte do documento, os investigadores apontaram que se infere que o veículo foi transferido também como parte do pagamento de propina ao delegado. “Durante a investigação demonstrou (o delegado) ser pessoa que anseia por dinheiro ilícito e se utiliza das atribuições do seu cargo para angariar tais vantagens indevidas”, diz outra parte do documento.
 
A operação
 

Ao todo, foram cumpridas 12 ordens judiciais decretadas em investigações que apuraram um esquema criminoso praticado pelo delegado e pelo investigador.
 
Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, sete de busca e apreensão e três medidas cautelares. Os servidores são investigados pelos crimes de corrupção passiva, associação criminosa, e advocacia administrativa.
 
 
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