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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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DIÁRIA DO CRIME

Delegado cobrava R$ 10 mil para manter custodiados em local exclusivo de delegacia

Foto: Reprodução

Delegado cobrava R$ 10 mil para manter custodiados em local exclusivo de delegacia
O delegado Geordan Antunes Fontenelle Rodrigues, preso nesta quarta-feira (17) no âmbito da Operação Diaphthora, negociou fiança de R$ 15 mil para liberar custodiado, confessou receber repasse mensal de R$ 2 mil de cooperativa alvo da Polícia Federal por comercio ilegal de mercúrio e cobrava R$ 10 mil de “diária” para que acusados pudessem ficar em alojamento para policiais na delegacia de Peixoto de Azevedo. Os fatos foram revelados na decisão da juíza Paula Tathiana Pinheiro, da 2ª Vara do município, responsável por autorizar a operação deflagrada hoje.

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Interceptações no “gabinete do crime” de Geordan, como seu escritório público era chamado, revelaram que ele e o investigador Marcos combinam o valor de R$ 15 mil para reaver uma caminhonete Ford Ranger a uma vítima de golpe de intermediação de compra a venda de veículo.



Para arbitrar fiança em favor de A.P.G., os dois cobraram R$ 10 mil para liberar o custodiado. Deste total, mil foram usados para a soltura, ao passo que os outros 9 mil foram divididos entre eles e a advogada que acompanhou o custodiado.

Não bastasse, a investigação ainda revelou que Geordan temia os desdobramentos da Operação Hermes II, deflagrada pela polícia federal contra esquema milionário de venda ilegal de mercúrio no país.

Fontenelle confessou receber mensalmente R$ 2 mil da Cooperativa Coogavepe, alvo da PF, e, por conta da operação, provavelmente ocorreria o fim do repasse, já que houve o bloqueio de bens e valores.



Há ainda os R$ 10 mil referente às diárias. Em conversa com Marcos, Geordan sugere que cobrou o valor de suspeito identificado como A.J.S.O., também alvo da Operação Hermes II. No diálogo, o delegado disse que manteve o acusado em alojamento exclusivo para policiais plantonistas.



O delegado de policia civil Rodrigo Azem Buchidid representou pela prisão preventiva e busca e apreensão em face de Geordan e outros investigados para apurar suposta cobrança de propina na corporação. Após autorização judicial, a investigação grampeou o delegado Fontenelle, o que descortinou seu envolvimento em práticas criminosas.

Diante dos fatos, Geordan Fontenelle e o investigador foram presos durante a Operação Diaphthora.
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