A defesa do médico veterinário Anderson Francisco Magalhães afirmou que vai rebater as acusações de homicídio triplamente qualificado contra a esposa, Ana Paula dos Santos Pereira Magalhães. O médico continua a sustentar a versão de que agiu em legítima defesa. A mulher morreu no mês de setembro deste ano em Cotriguaçu (685 km de Cuiabá). 

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Segundo o delegado responsável pelo caso, Ronaldo Binotti, em primeiro momento o médico veterinário afirmou que agiu em legítima defesa.

"Segundo o conduzido, ele teria efetuado o disparo de arma de fogo após uma discussão do casal motivada por ciúmes, tanto dele, quanto dela. Nessa discussão, a sua esposa teria pegado uma arma de fogo que ela possuía no armário e apontado para ele. Ele (Anderson) conseguiu, em luta corporal com ela, tomar essa arma de fogo e no momento em que a arma estava na mão dele, efetuou um disparo, segundo ele, sem querer", pontuou o delegado Ronaldo Binotti.

Por outro lado, um laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) aponta que o tiro foi efetuado entre um a dois metros de distância. O trajeto aponta que ela foi baleada de cima para baixo.

Nesta semana, a juíza  Raiane Santos Arteman, da Vara Única de Cotriguaçu, recebeu a denúncia contra o médico veterinário. As qualificadoras incluídas no crime de homicídio foram motivo fútil, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por razões da vítima ser do sexo feminino.

Além disso, Anderson  irá responder por posse de arma de fogo de uso permitido. A defesa do médico, patrocinada pelo advogado José Roberto Rodrigues, contesta o teor da denúncia e discorda da dinâmica dos fatos que levaram a morte de Ana Paula.

Anderson continua a apontar apenas uma linha do ocorrido. O advogado salienta que as afirmações serão rebatidas no curso do processo.

"A denúncia consta de seu papel legal. No entanto a defesa discorda da dinâmica ali constante. Vamos rebater as afirmações no curso do processo. A versão é única. Os fatos se deram em legítima defesa própria.", afirmou o advogado de Anderson.