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Sexta-feira, 26 de julho de 2024

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mandado de prisão

Juíza diz que 'agiotas do chicote' usaram métodos medievais associados à crucificação de Jesus Cristo

Foto: Reprodução

Juíza diz que 'agiotas do chicote' usaram métodos medievais associados à crucificação de Jesus Cristo
A juíza Helícia Vitti Lourenço, que decretou a prisão e a busca e apreensão contra os “agiotas do chicote”, considerou que eles promoveram um espetáculo circense ao chicotear o devedor Leandro Justino Espirito Santo com métodos medievais, associados à crucificação de Jesus Cristo.


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Decisão da magistrada resultou na Operação Piraim, deflagrada nesta quarta-feira (20) para investigar Sergio da Silva Cordeiro, Jose Augusto de Figueiredo Ferreira, Benedito Luiz Figueiredo de Campos, Guilherme Augusto Ribeiro, Bruno Rossi e Rafael Geon, acusados de extorsão mediante restrição de liberdade.

“Não bastasse, a atuação dos representados, quiçá agindo como 'justiceiros', quiçá para divulgar nas redes sociais os seus métodos medievais, associados à crucificação de Jesus Cristo, divulgam a suposta formação de um grupo paralelo de atuação especial de cobranças de dívidas. Ora, essa prática delituosa merece ser prontamente cessada, sem maiores delongas, notadamente quando preenchidos todos os requisitos para o decreto da prisão preventiva”, escreveu Helícia.

A juíza considerou que o modus operandi dos acusados revelou a gravidade concreta do crime e, de consequência, o abalo à ordem pública, ante a cobrança violenta e humilhante que promoveram.

O grupo envolvido aparece em vários vídeos que circulam na internet agredindo pessoas com um chicote. O mais emblemático deles foi quando eles apareceram açoitando com o chicote, além de socos e tapas, Leandro Justino, por conta de dívidas que este contraiu com os suspeitos em uma negociação envolvendo joias. A ação violenta ganhou repercussão nacional.

Helícia também decidiu autorizar a quebra do sigilo de dados informáticos e telemáticos das mensagens trocadas pelos acusados nos aparelhos de celular nos aplicativos do WhatsApp, Telegram, etc. Isso porque ela considerou ser necessário localizar mais elementos probatórios que confirmem a participação dos acusados no crime de extorsão mediante restrição de liberdade.

Os empresários Rafael Geon e Bruno Rossi são apontados como os mandantes da ação para cobrar o devedor e foram presos nesta quarta-feira (20).

Outros quatro suspeitos estão sendo procurados, sendo eles: Sergio da Silva Cordeiro, Jose Augusto de Figueiredo Ferreira, Benedito Luiz Figueiredo Campos e Guilherme Augusto Ribeiro.
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