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Sexta-feira, 26 de julho de 2024

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TJ reduz para 185 anos penas aplicadas a autores de chacina em Várzea Grande

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

TJ reduz para 185 anos penas aplicadas a autores de chacina em Várzea Grande
Em decisão colegiada proferida nesta segunda-feira (21), os magistrados da Primeira Câmara Criminal reduziram as penas impostas pelo Tribunal do Júri aos três envolvidos no episódio que ficou conhecido como Chacina de Várzea Grande, ocorrido em outubro de 2018. Em maio de 2022, as penas aplicadas a Thalyson Thiago Taborda Oliveira, Donato Silva Nascimento (Netinho) e Johnny da Costa Melo (Johnny Morte ou Afobado) totalizaram 294 anos de prisão. Agora, com o acórdão dos desembargadores do Tribunal de Justiça, que seguiram de forma unanime o voto do relator, Orlando Perri, as penas foram recalculadas para 185 anos.  O regime inicialmente fechado foi mantido pelos desembargadores, sendo mantidas ainda as prisões decretadas.


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 Pelo Júri, Thalyson Thiago Taborda Oliveira recebeu a pena de 100 anos, 11 meses e 10 dias de reclusão, um ano e quatro meses de detenção e 76 dias-multa pela prática de quatro homicídios qualificados, dois homicídios tentados, integrar organização criminosa, sequestro e cárcere privado, posse de arma de fogo e de artefato explosivo. Após o recurso, a pena foi readequada para 61 anos e 22 dias de reclusão.

Outros dois denunciados pela chacina, Donato Silva Nascimento e Johnny da Costa Melo , foram condenados, cada um, a 97 anos, quatro meses e 10 dias de reclusão e a 34 dias-multa. Eles praticaram os crimes de homicídio qualificado (por quatro vezes) e tentado (por duas vezes), integrar organização criminosa, sequestro e cárcere privado. Eles tiveram a sentença reduzida para 62 anos e dez meses.

O regime inicialmente fechado foi mantido pelos desembargadores, sendo mantidas as prisões preventivas decretadas.

Conforme a denúncia do MPE, em outubro de 2018, no bairro Água Limpa, em Várzea Grande, as vítimas Felipe Melo dos Santos, Leandro Luiz de Oliveira, Vitor Santana dos Santos e Júnior da Silva Pereira receberam disparos de arma de fogo a queima roupa, causando a morte dos dois primeiros.

Os outros dois só não morreram por circunstâncias alheias. No mesmo dia, horas depois, as vítimas Lana Talyssa Moreira Bezerra (13 anos) e Keize Rodrigues (16 anos) também foram assassinadas, no bairro Carrapicho. Elas formavam casais com as vítimas Vitor dos Santos e Felipe dos Santos, respectivamente.

O grupo executado era integrante de uma facção criminosa rival da facção a qual pertenciam os autores. Os crimes foram motivados por uma rixa entre elas e acerto de contas. As vítimas teriam atentado contra a vida de outros membros da facção rival, na cidade de Tangará da Serra, e vindo para Várzea Grande fugidos.

Ainda segundo o MPE, além do homicídio, foi verificada a prática de crimes conexos, como sequestro e cárcere privado. No dia anterior às mortes, as duas jovens Talyssa e Keize foram sequestradas próximo à rodoviária da cidade, na tentativa de se chegar aos alvos principais.

Thalyson Thiago Taborda Oliveira foi preso em flagrante no dia do crime, admitiu a autoria dos homicídios e delatou os companheiros. No momento da prisão, ele portava armas de fogo e artefatos explosivos.
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