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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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AUDIÊNCIA MARCADA

Advogado do Cuiabá que recebeu voz de prisão afirma que intimação foi impositiva e cita ação judicial 'midiática'

Foto: Reprodução

Advogado do Cuiabá que recebeu voz de prisão afirma que intimação foi impositiva e cita ação judicial 'midiática'
O advogado do Cuiabá, Rafael Lewandowiski Libertuci, deverá comparecer em audiência no Juizado Especial Criminal, prevista para o dia 22 de agosto, para prestar esclarecimentos sobre o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) lavrado contra ele pelo episódio de desacato contra dois oficiais de Justiça, ocorrido nesta segunda-feira (31). Em seu depoimento, ele afirmou que a intimação foi feita de maneira impositiva porque se trata de ação judicial “midiática”.


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Os oficiais foram até o Centro de Treinamento do clube entregar intimação sobre a decisão da juíza Patrícia Ceni, que fixou preço máximo dos ingressos para o jogo contra o Flamengo.

Após recusa em receber a notificação judicial, bem como desacatar as autoridades, o advogado recebeu voz de prisão e foi encaminhado à delegacia para prestar esclarecimentos.

Em seu testemunho, Rafael disse que apenas presta serviços ao clube em algumas áreas do Direito, de forma que não pode representa-lo em tais ocasiões, já que não é empregado do Cuiabá, tampouco responsável legal em ações judiciais que envolvem o Ministério Público. Ele tentou explicar isso aos oficiais, mas sem sucesso.

Apesar da explicação, os diligenciadores deixaram a intimação contra o Dourado sobre sua mesa, afirmando que ela seria realizada em seu nome. Foi retrucado pelo defensor que isso deveria ser destinado ao presidente do time, que não se encontrava no CT naquele momento. Assim que eles saíram da sala, o defensor, então, jogou o documento na avenida.

Ele depôs ao delegado e ao escrivão que a intimação só ocorreu de forma tão impositiva porque se trata de ação judicial “midiática” e, por isso, os oficiais agiram com truculência.

Segundo o relato dos oficiais de justiça, no entanto, eles compareceram ao CT do Cuiabá para cumprir a decisão judicial emitida no último sábado (29), que determinava que o Dourado vendesse ingressos a R$ 150 para a partida contra o Flamengo.  

No entanto, a recepção nesta segunda não ocorreu dentro da normalidade. Eles afirmam que foram desacatados por Rafael, que chegou a amassar a notificação judicial e arremessá-la em direção à avenida Ayrton Senna, a mesma que dá acesso ao CT. 

Após deixar o documento sobre a mesa de Rafael, os servidores da Justiça relataram ainda que ele saiu da sala "resmungando" e “falando algumas coisas em direção a Avenida Ayrton Sena”. Ao se aproximar de uma grade de proteção, próxima à via, o advogado arremessou o documento e disse que ninguém "iria receber coisa nenhuma". 

De acordo com os oficiais, “ante tal afronta” foi dada voz de prisão ao advogado. Em seguida, a Polícia Militar foi acionada e Rafael conduzido à Delegacia da Polícia Civil do Bairro Verdão para responder "pelos atos praticados".
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