O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a desistência de reclamação movida pelo coronel do Exército, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, que buscava suspender tramitação de ação sobre a morte do advogado Roberto Zampieri. Desistência ocorreu após Caçadini trocar de advogados.
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Pedido de suspensão do processo tinha como base o indeferimento, pelo juízo de piso, de acesso à integralidade do conteúdo extraído do celular da vítima. Ainda versava sobre falta de acesso a inquérito complementar que apura os mandantes do crime.
Decisão de Zanin, homologando arquivamento, é do dia 28 de junho. Não há detalhes sobra a decisão, pois o caso está sob segredo de Justiça.
Conforme noticiado pelo Olhar Jurídico, a advogada mineira criminalista Sarah Quinetti Pironi assumiu a defesa do coronel do Exército.
O caso
O Núcleo de Defesa da Vida do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE) denunciou Antonio Gomes da Silva, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas por homicídio triplamente qualificado do advogado Roberto Zampieri, em Cuiabá.
De acordo com a peça, o crime foi cometido mediante paga e promessa de recompensa, com recurso que dificultou a defesa da vítima e emprego de arma de uso restrito.
O advogado Roberto Zampieri foi assassinado com disparos de arma de fogo em dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, próximo ao escritório dele. Conforme a denúncia, “Antonio Gomes da Silva, utilizando-se de recurso que dificultou a defesa da vítima, auxiliado por Hedilerson Fialho Martins Barbosa, agindo ambos mediante paga e promessa de recompensa efetivada por Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, efetuou disparos de arma de fogo contra a vítima”.