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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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homicídio triplamente qualificado

Após 4 adiamentos, Justiça determina que empresário e executores da estudante Maiana sejam julgados em agosto

Após 4 adiamentos, Justiça determina que empresário e executores da estudante Maiana sejam julgados em agosto
A juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, titular da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, redesignou para o dia 11 de agosto, o julgamento dos envolvidos no assassinato e ocultação do cadáver da estudante Maiana Vilela, de 16 anos. Por outras quatro vezes, o júri do empresário Rogério da Silva Amorim (ex-namorado da jovem) e de Paulo Ferreira Martins e Carlos Alexandre Nunes - havia sido suspenso.  No último dia 20 de junho, a magistrada determino a citação dos acusados formalmente pelo crime.


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A pena para os delitos presentes no caso varia de 12 a 30 anos (homicídio triplamente qualificado) e de um a três anos (ocultação de cadáver). Para o Ministério Público Estadual (MPE), a estudante morreu por ser considerada como um "problema" para o seu então namorado.

O mais recente adiamento se deu em maio deste ano, por determinação da magistrada Mônica Catarina, suspendeu a sessão por falta de recursos para compra de lanches para os jurados. Na decisão, a magistrada alega que o processo é "complexo" e que o julgamento poderá durar mais de um dia por causa da quantidade de testemunhas, cerca de 20, que foram arroladas.

No ano passado, no mês de novembro de 2015, o desembargador Luiz Ferreira da Silva atendeu pedido da defesa de Rogério, que alegou ter protocolado recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para mudar o local do julgamento, mediante a recusa no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Inicialmente, o julgamento foi marcado para o dia 24 de setembro de 2015. Porém, o advogado de Rogério, Waldir Caldas, alegou que não poderia defender o seu cliente naquela data por motivos de saúde e  apresentou um atestado médico de dez dias. O julgamento, então, foi adiado para o dia 5 de outubro do mesmo ano, mas o mesmo advogado deixou o caso. A Justiça concedeu um prazo para que o empresário conseguisse um novo advogado, remarcando o júri para o dia 26 de novembro.

O caso

Maiana Vilela, 16, desapareceu no dia 21 de dezembro de 2011. Na denúncia, o MPE sustenta que Rogério contratou Paulo Ferreira e Carlos Alexandre para executarem a menor. Ele deu um cheque de R$ 500 para Maiana descontar no Banco Itaú, no CPA 1.

Ela teria que levar R$ 400 desse dinheiro para pagar um caseiro, em uma chácara, na região do bairro Altos da Glória. Esse pagamento era parte do plano de Rogério para atrair Maiana para o seu algoz.

A garota foi até a chácara, entregou o dinheiro para Paulo, que a matou em seguida, por asfixia. Ele teve a ajuda de Carlos Alexandre. A dupla colocou a menor no banco traseiro de um automóvel Uno, de cor prata, que pertencia a Paulo. Eles levaram o corpo de Maiana até a empresa de Rogério, no bairro Três Barras, para que ele comprovasse a morte da ex-namorada.

Depois disso, o corpo da menina foi enterrado em uma área afastada na estrada da Ponte de Ferro, a cerca de 15 km de Cuiabá. O corpo de Maiana foi resgatado por policiais, após terem prendido a quadrilha. O caso teve grande repercussão da imprensa local e causou comoção social.
 
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