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Segunda-feira, 01 de julho de 2024

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alvos da Curare

Transferências em espécie de R$ 2,5 milhões apontam possível lavagem de dinheiro desviado da Saúde

Foto: Governo Federal

Transferências em espécie de R$ 2,5 milhões apontam possível lavagem de dinheiro desviado da Saúde
Movimentação atípica de valores milionários releva indícios de lavagem de dinheiro por parte dos envolvidos em suposta organização criminosa que teria desviado mais de R$ 3 milhões da Secretaria Municipal de Saúde. Por meio da análise de dados bancários, a Polícia Federal (PF) constatou transferências entre o ex-adjunto de Saúde, Milton Correa, Maria Peixoto Correa da Costa (mãe de Milton Correa), o empresário Douglas Castro e as empresas pertencentes ao Grupo Hipermed.  As movimentações atípicas foram reveladas na decisão do juiz Jefferson Schneider, da 5ª Vara da Justiça Federal, que autorizou o desencadeamento da 4ª fase da Operação Curare.


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“Quanto aos limites total e sequestro, adoto os mesmos parâmetros apresentados pela autoridade policial em sua representação, suficientemente fundamentados, o que significa dizer que o valor total ou individual da ordem de bloqueio deve ser de R$3.171.965,00”, discorreu o magistrado na decisão que proferiu.

A partir da análise dos dados bancários, a autoridade policial identificou em conta bancária da empresa Vip Prestadora de Serviços Médicos, créditos que somados totalizam R$ 585,9 mil realizados pelo Grupo Hipermed, em princípio, na prestação de serviços na área da saúde. Na sequência, foi constatado posteriores saques em espécie no total de R$ 580 mil.

Nas contas da Vip também foram identificadas operações em espécie em valor superior a R$ 2,5 milhões, conduta que revelou indícios de lavagem de dinheiro. Ainda foram identificados saques e provisionamentos realizados pelo investigado Dougas Castro e créditos, em espécie, no valor de R$ 300.000 em favor de Maria Peixoto Correa da Costa, mãe do investigado Milton Correa.

Fontes confirmaram à reportagem que todos os citados estariam envolvidos no esquema de desvio de verba pública, lavagens de capitais e corrupção com recursos públicos destinados à saúde do Município de Cuiabá, na ordem superior a R$ 3 milhões.

Como nas fases anteriores da Operação Curare, um grupo empresarial, que fornece serviços à Secretaria Municipal de Saúde do Município de Cuiabá, manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas.

Com o aprofundamento das investigações, apurou-se que uma das empresas era controlada, através de interposta pessoa, por um ex-servidor do alto escalão da gestão da saúde do Município.

As diligências demonstraram ainda que recursos do grupo empresarial, oriundos, em última instância, dos cofres municipais, foram empregados na aquisição de uma aeronave, que veio a se acidentar, quando supostamente estava em uso por pessoas ligadas ao ex-servidor.

Diante dos indícios suficientes de infração penal, o juiz federal, então, decretou medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores dos investigados que sejam instrumento, produto ou proveito dos crimes evidenciados pela Operação.
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