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Sábado, 29 de junho de 2024

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TRIBUNAL DO JÚRI

Avó de jovem morta com 14 facadas pelo ex espera condenação na Justiça: 'a família toda foi destruída'

Foto: Olhar Direto

Avó de jovem morta com 14 facadas pelo ex espera condenação na Justiça: 'a família toda foi destruída'
Emocionalmente abalada, a avó de Emily da Cruz Bispo, jovem de 20 anos que foi assassinada pelo ex-namorado com 14 facadas no bairro Pedra 90, em Cuiabá, Dalbete Barroso Luz espera que o algoz, Antônio Aluísio Conceição Maciano, seja devidamente punido pela justiça para pagar o crime que cometeu em março deste ano. Dalbete concedeu a entrevista minutos antes de começar o julgamento do frentista, iniciado pelo Júri Popular na manhã desta quinta-feira (10).


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Dalbete, que não havia comparecido ao fórum no mês de abril para a audiência sobre o caso, afirmou ainda que só agora teve forças para se “levantar” depois de ter perdido sua neta, que foi criada como filha.

“Eu não podia enterrar a minha neta né? Pude vim, eu pude estar e eu fiquei muito abalada, a família toda foi destruída, e eu não tive condições mesmo, mas hoje eu vim aqui e espero que se faça justiça pela Emily, neta querida. Neta e filha, eu a criei com muito carinho com muito amor e agora tudo foi destruído”, lamentou.

Emily foi morta com 14 facadas enquanto levava seu filho para escola, na manhã do dia 16 de março, pelo frentista Antônio Aluísio Conceição Maciano, que confessou o crime e alegou arrependimento.

Ela era perseguida constantemente pelo ex-namorado, que depôs em audiência de instrução que teria sido traído por ela. A versão do frentista, de que teria agido motivado pela vingança proveniente da traição, foi rechaçada pelas testemunhas de defesa.

Todos eles alegaram que Antônio era ciumento, possessivo e perseguia a jovem, tendo, inclusive, invadido sua residência em uma ocasião portanto um canivete.

Testemunha de defesa, uma amiga da vítima, apontou ao Júri sobre os episódios de perseguição. Em um deles, ela teria dado guarida à Emily, permitindo que dormisse em sua casa para fugir de Antônio. Ela ainda depôs que presenciou a vítima com o olho roxo e marcas nas cotas, possivelmente provenientes das agressões cometidas pelo algoz.

Antônio foi denunciado no dia 30 de março pelo homicídio cometido “por motivo torpe, cruel, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima". Ainda segundo o MPE, "por razão da sua condição de sexo feminino (o que caracteriza qualificadora de feminicídio), ceifou a vida de Emilly Bispo da Cruz, e ainda na presença física de seu descendente”.

O tribunal do júri que vai julgar o caso está ocorrendo nesta quinta, no Fórum de Cuiabá, presidido pela juíza Mônica Perri. O promotor de Justiça Vinícius Gaiva representa o Ministério Público e a defensoria representa a defesa do réu, já que seus advogados, por motivos pessoais, deixaram o caso.
 
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