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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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em condomínio de Cuiabá

MP manifesta pela continuidade das investigações em face de delegado que invadiu casa

Foto: Reprodução

MP manifesta pela continuidade das investigações em face de delegado que invadiu casa
O promotor de Justiça Reinaldo Rodrigues de Oliveira Filho se manifestou pelo prosseguimento das investigações em face do delegado Bruno França Ferreira, que chegou a ser afastado de suas funções no ano passado por causa de excessos cometidos durante abordagem em um condomínio de luxo, em Cuiabá. De outro lado, por falta de requisitos, o promotor posicionou pela extinção da queixa-crime que foi formulada pela vítima Fabíola Cássia Garcia Nunes, que representou contra Bruno por ameaça.


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“Tendo em vista que a queixa-crime não preenche os requisitos do artigo 44 do Código de Processo Penal, o Ministério Público Estadual manifesta-se pela rejeição da inicial, com base no artigo 395, II do CPP, declarando, ao final, extinta a punibilidade do agente”, manifestou o promotor.

De outro lado, tendo em vista que pende contra Bruno investigação sobre os crimes de ação penal pública, manifestou Reinaldo pelo prosseguimento do feito com encaminhamento dos autos ao presidente das investigações, juiz do Núcleo de Inquéritos Policiais.

O Caso

Tudo começou no condomínio Alphaville, quando o enteado do delegado foi acusado de ter batido em outro garoto, filho da mulher que depois teve a casa arrombada. A mulher e sua família se mudaram do Alphaville para o Florais dos Lagos especificamente por conta da confusão. O delegado, por sua vez, pediu uma medida protetiva contra a mulher, e ela ficou impedida de se aproximar do enteado dele.

Na noite do dia 28 de novembro de 2022, o enteado do delegado foi ao Florais para visitar alguns amigos, e cruzou com a mulher (mãe do menino que teria apanhado). Na versão do delegado Bruno França, a mulher teria ameaçado seu enteado. Já na versão da mulher, ela só viu o menino. Depois deste encontro, o enteado de França ligou para ele e contou a situação.

O delegado, então, foi até a casa da mulher junto a policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE) e arrombou a porta. A mulher estava em casa com o marido e a filha de quatro anos, que ficou muito assustada. Bruno França diz que invadiu a casa porque a mulher descumpriu a medida protetiva, já que esteve próxima ao enteado do delegado.

Após a invasão, Bruno França também se envolveu em outra confusão com o advogado da família da mulher, Rodrigo Pouso, já na delegacia. Ele ofendeu o advogado com palavras de baixo calão.
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