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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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PRESO EM CUIABÁ

Defesa insiste em apontar saúde debilitada para pedir domiciliar a coronel acusado de encomendar morte de Zampieri

Foto: Reprodução

Defesa insiste em apontar saúde debilitada para pedir domiciliar a coronel acusado de encomendar morte de Zampieri
Denunciado por ser um dos mandantes do assassinato de Roberto Zampieri, advogado morto a tiros em dezembro do ano passado, na capital, o coronel do Exército Etevaldo Caçadini de Vargas está pedindo ao Tribunal de Justiça a substituição da sua prisão preventiva por domiciliar. O argumento é que ele está com a saúde debilitada por doenças graves. Defesa do coronel, atualmente detido no 44º Batalhão de Infantaria Motorizado na cidade de Cuiabá, ainda citou que o fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo, também suspeito de encomendar a execução, foi beneficiado por medidas cautelares diversas da prisão.


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Os argumentos dos advogados de Caçadini são que sua saúde está debilitada, o que justificaria a domiciliar: ele acabou de realizar procedimento de cateterismo; portador de doença renal; idade avançada, 68 anos; está com suspeita de câncer de próstata; já teve dois cânceres anteriormente; e toda sua equipe médica que lhe acompanha há anos é de Belo Horizonte.

Também anotou no pedido que o comandante do 44º Batalhão de Infantaria Motorizado, onde Caçadini está preso, informou que seu quadro clínico é frágil, e que necessita de tratamento adequado em unidade médica com estrutura capacitada para tal.

Sobre a quebra de isonomia, para além da saúde de Caçadini, que inclusive está sofrendo com danos psiquiátricos, a defesa apontou que o fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo, também suspeito de encomendar a execução, foi beneficiado por medidas cautelares diversas da prisão no dia 11 de março.

O habeas corpus encaminhado ao Tribunal de Justiça na sexta-feira (14) sucede outro requerimento de domiciliar, encaminhado à 12ª Vara Criminal, o qual foi negado por decisão do juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, no último dia 13. Na ocasião, Ferreira garantiu que o Sistema Penitenciário fornece todo atendimento médico adequado e necessário ao denunciado, “uma vez que este faz tratamentos, exames, e todo o necessário para que na medida do possível e diante de suas condições tenha o essencial para a manutenção de sua saúde”.

Magistrado citou ainda a gravidade do suposto crime cometido. “A gravidade concreta do delito e a periculosidade no caso em tela são reveladas pelo modus operandi utilizado na empreitada criminosa. Assim, sua conduta justifica, neste momento, a manutenção da prisão preventiva outrora decretada e o indeferimento da substituição pela prisão domiciliar”.

Inconformado, Caçadini ajuizou novo pedido, desta vez endereçado à 2ª Câmara Criminal do TJMT, que ainda não proferiu uma decisão.

O Núcleo de Defesa da Vida do Ministério Público do Estado de Mato Grosso denunciou em fevereiro Antonio Gomes da Silva, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas por homicídio triplamente qualificado do advogado Roberto Zampieri.
 
De acordo com a peça, o crime foi cometido mediante paga e promessa de recompensa, com recurso que dificultou a defesa da vítima e emprego de arma de uso restrito. O advogado Roberto Zampieri foi assassinado com disparos de arma de fogo em dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, próximo ao escritório dele.
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