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Domingo, 16 de junho de 2024

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OPERAÇÃO CASTELO DE AREIA

Juiz recebe denúncia contra dono de açougue usado para disfarçar atividades de tráfico e mais 25

Foto: Reprodução

Juiz recebe denúncia contra dono de açougue usado para disfarçar atividades de tráfico e mais 25
O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da sétima Vara Criminal de Cuiabá, recebeu denúncia movida pelo Ministério Público (MPE) e tornou réus 26 alvos da Operação Castelo de Areia (Fase I e II), deflagrada em janeiro deste ano pela Polícia Civil, cujo objetivo foi desarticular ações do Comando Vermelhos nas atividades criminosas de tráfico e associação para o tráfico de drogas nos municípios de Rosário Oeste, Nobres e Jangada.


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Em decisão que circula no Diário de Justiça desta quinta-feira (13), o magistrado se convenceu da presença dos indícios mínimos de autoria e materialidade apresentadas pelo Ministério Público da denúncia e, por isso, a recebeu.

A Polícia Civil de Mato Grosso desencadeou no dia 31 de janeiro a Operação Castelo de Areia, da Delegacia de Rosário Oeste, para cumprimento de 21 mandados judiciais contra um grupo envolvido com atividades criminosas de tráfico e associação para o tráfico de drogas no município. 

Os alvos da operação são, principalmente, aqueles investigados por atuar como "biqueiros" e o objetivo nesta foi apreender entorpecentes e armas de fogo.

Dentre os réus denunciados está Ariel Maique de Almeida Viana, vulgo “Ari”, que administra um açougue em Nobres com objetivo de disfarçar as atividades do tráfico, segundo os autos. 

Além dele, Jean recebeu denúncia em face de Bruno Raphael Souza Costa, vulgo “Popey”, Kelwilly Henrique Marques Borges, vulgo “Kelvinho”, Walderrama Ferreira Conrdeiro de Freitas, vulgo “Walderra”, Thiago Leandro Borges de Souza, “Zumbi”, Jesuino Conceição de Lima, “Barba”, Cristiano Damasceno, “Raio X, Janderson Jales da Silva, “Revoltado, 4m”, Alexandro Crunha dos Santos, vulgo “kuka”, Suelen Lemes Dias, “Branquinha”, Francisco Edicarlos Mota, “Nordeste”, Guthyers Lunkes Camargo, “Alemão” e Ordilei Zeni Júnior, “Pezão”. Também foi recebida, nos mesmos termos, denúncia em face de mais 13 alvos da segunda fase da Operação.

Outro alvo da Polícia Civil é um traficante, conhecido como ‘Príncipe’ ou ‘Magnata’, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça por liderar o tráfico de drogas em Rosário Oeste, Nobres e Jangada. A investigação da Delegacia de Rosário Oeste identificou que ele é responsável por gerenciar a venda de entorpecentes e é a "voz" e o centro financeiro das atividades de tráfico. 

Por meio de investigação financeira, a Polícia Civil apurou que diversas pessoas, suspeitas de tráfico na região, realizavam constantes transações financeiras a ele, incompatíveis com as atividades lícitas dos investigados. Além disso, o ‘Príncipe’ tinha autorização para ativar novos biqueiros.

Os biqueiros identificados na investigação praticam o tráfico "formiguinha", recebendo semanalmente pequenas quantidades de drogas, com a exata quantidade para venda.  A Delegacia de Rosário Oeste apurou ainda que o grupo age com clara divisão de tarefas e relativa organização.

A investigação apurou ainda que o líder do tráfico também ordenava mortes daqueles que vendiam entorpecentes sem autorização ou de quem era delator. Quem devia droga ou cometia furtos também era alvo das sanções, pois tais crimes atrapalhavam os negócios do tráfico.
 
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