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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Univag pede liberação de contas bloqueadas pela Justiça e inicia pagamento dos professores

Foto: Divulgação

Univag pede liberação de contas bloqueadas pela Justiça e inicia pagamento dos professores
O Centro Universitário (Univag) começou a pagar os salários em atraso dos professores nesta terça-feira (4), com recursos liberados do Programa de Financiamento Estudantil (FIES). A instituição alegava que os salários estavam em atraso devido a retenção do FIES por parte do governo federal. Com isto, os professores deixaram de receber os salários referentes a outubro, novembro, dezembro, 13º salário e férias. A Justiça do Trabalho de Várzea Grande informou que a instituição entrou com uma petição requerendo autorização para movimentar as contas bloqueadas.

Em 16 de janeiro, a Justiça do Trabalho de Várzea Grande determinou o bloqueio das contas do Univag para garantir o pagamento dos salários dos cerca de 300 professores que estavam sem receber desde outubro. Nesta terça-feira (4), a instituição entrou com um pedido para que a Justiça autorize a movimentação das contas bloqueadas, tendo em vista, que o bloqueio foi efetuado nas contas que recebiam os pagamentos de mensalidades e matrículas.

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A Justiça deferiu o pedido e a instituição tem até 48 horas para comprovar o pagamento dos professores. Porém, o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Sintrae/MT), questionou à Justiça com relação aos pagamentos que começaram a ser efetuados já na manhã desta terça-feira. O Univag alega que estes depósitos são provenientes da conta FIES da instituição, e o pedido foi para desbloquear as contas que receberam os valores dos pagamentos dos alunos.

Conforme a Justiça, o pedido para desbloqueio das contas foi deferido, tendo em vista que a instituição garantiu possuir os recursos necessários para quitar todas as dívidas com os mais de 300 professores.
Uma audiência com os representantes do Univag deve ocorrer no próximo dia 17 de fevereiro, para que seja confirmado, o pagamento de todos os professores em atraso. Antes desta audiência, o Sintrae também deve se reunir com a Justiça para repassar um panorama dos pagamentos.

Relembre o caso

No dia 20 de janeiro deste ano, 100 professores dos 300 que estavam sem receber desde outubro, aprovaram por unanimidade, a primeira greve da história da instituição. Desde o início dos atrasos, os professores estavam sem saber os motivos da dificuldade financeira e sem previsão para receber.

Ao deflagrar a greve, os professores iniciaram um embate contra a administração da instituição, ao cobrar explicações para os atrasos, bem como os alunos que utilizaram as redes sociais para demonstrar indignação, tendo em vista que efetuaram o pagamento das mensalidades da universidade.

O reitor da instituição, Dráuzio Medeiros alegava que o atraso era referente ao bloqueio do FIES pelo governo federal. Neste fim de semana, o reitor apresentou um documento que comprovaria a liberação do financiamento, mas o sindicato esperou os pagamentos serem realizados, devido as inúmeras promessas não cumpridas.

Em 48 horas, o Univag deve comprovar os pagamentos de todos os 300 professores. Os grevistas afirmam que o movimento só será encerrado quando houver comprovação de que todos os professores receberam os salários em atraso.

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