A turma de Câmaras Criminais Reunidas absolveu o investigador da Polícia Civil, Roberto Ferreira dos Santos, que foi acusado de sumir com uma arma de fogo na delegacia de Sapezal (500 km de Cuiabá). O recurso foi deferido por maioria.

Leia também
Presidente do STJ mantém ação que condenou Superman Pancadão a 28 anos por tráfico internacional

A defesa de Roberto, patrocinada pelos advogados Hebert Costa Thomann e Ricardo da Silva Monteiro, entrou com um novo recurso para absolvição após a Primeira Câmara Criminal anular a perda do cargo de investigador.

Durante a votação, o desembargador Gilberto Giraldelli afirmou que se Roberto havia sumido com a arma, ele seria o principal alvo de questionamentos. Disse ainda que o sumiço da pistola pode ter sido ocasionado por outra pessoa.

"Assim sendo, por uma questão até de dedução de lógica, e se essa arma sumisse, ele saberia fatalmente que recairia sobre ele essa carga de ser o suspeito número 1 (um) desse acontecimento. Me parece que seria um ato assim, de extrema ingenuidade, ele mesmo guardar e depois ele ir lá apoderar dessa arma, sabendo das
consequências que teria", disse no voto.

Relembre o fato

O fato aconteceu em 2018 na delegacia de Sapezal. Roberto foi denunciado por supostamente subtrair uma pistola com quinze munições, que seria do delegado Waner dos Santos.

O armamento foi usado pelo delegado durante uma operação pouco antes do fato. Waner entregou a arma para Roberto para que fosse guardada na delegacia já que ele iria entrar de férias.

Ao retornar das férias, o delegado questionou o investigador sobre o paradeiro do armamento. Roberto apontou onde havia guardado a arma, mas a pistola não foi mais encontrada.