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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Advogado filmado espancando a ex-mulher e enteada tem carteira da OAB suspensa por 90 dias

Foto: Reprodução

Advogado filmado espancando a ex-mulher e enteada tem carteira da OAB suspensa por 90 dias
O advogado T.C.S, que foi gravado agredindo a ex-esposa T.M.O. e a filha dela de 16 anos, em outubro deste ano, teve seu registrado profissional de advogado suspenso pela OAB-MT por 90 dias. Após o caso vir à tona, a instituição realizou julgamento no Tribunal de Ética e Disciplina, que determinou pela punição.

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No documento, a relatora Renata Faria de Oliveia Vilela justificou que a conduta do advogado, evidenciada por vídeos e áudios, demonstra comportamento prejudicial à dignidade da advocacia. Além disso, as ações, incluindo agressões físicas e verbais contra sua ex-namorada e enteada, "repercutiram negativamente na imagem da advocacia".

"Portanto, a medida cautelar peventiva, pevista no Artyigo 70, da Lei 8.906 -EAOAB, é aplicada, suspendendo prevetivamente o representado pelo prazo de 90 dias, período no qual o processo disciplinar já instaurado deve ser concluído", diz trecho da decisão.

Relembre

T.M.O expôs uma série de vídeos e fotos numa rede social no qual o ex-marido aparece agredindo-a com tapas, puxões de cabelo e empurrões. Além da ex-mulher, o advogado criminalista ainda agrediu a filha dela.

Em uma das postagens, a mulher mostra um sequência de fotos com as marcas das agressões que ficaram em seus braços. Em outra publicação, um vídeo, o suspeito aparece puxão o cabelo da vítima e pressionando a cabeça dela contra a cama. Os ataques foram gravados pela enteada do homem. Em dado momento, ele parte para cima da garota enquanto filmava as agressões sofridas pela mãe.

A mulher também mostrou prints de conversas com T.S., que a ofende com vários palavrões. Numa das mensagens, ele afirma que quer ver o filho, mas desde que não seja preciso "olhar na cara" da ex-esposa.

Retirada de denúncias

No dia 26 de outubro, a juíza Patrícia Ceni, do 8º Juizado Especial Cível de Cuiabá, havia determinado que a vítima retirasse de todas as suas redes sociais as postagens que denunciam o ex-marido, pois entendia que isso era prejudicial à imagem do suspeito, que deveria passar pelo um julgamento justo.

Porém, no dia seguinte, devido a grande repercussão, a magistrada voltou atrás e permitiu que as postagens pudessem continuar nas redes sociais de T.M.O., além de declarar incompetência do órgão em julgar o caso. Ela o encaminhou para a juíza Ana Graziela, da Vara de Violência Doméstica.
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