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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Operação assombro

Advogados acusados de desvio R$ 13 milhões estão presos no Corpo de Bombeiros

Foto: Reprodução

Advogados acusados de desvio R$ 13 milhões estão presos no Corpo de Bombeiros
Os advogados Nelson Prawuck e Newman Pereira Lopes estão presos deste a noite de quinta-feira (13) no quartel do Corpo de Bombeiros de Cuiabá, localizado no bairro Porto. Eles foram levados para o local devido as prerrogativas que garantem aos advogados o direito a ficar sob custódia em uma sala de estado maior.

Os dois foram presos na madrugada de quinta-feira pela Polícia Federal em cumprimento a dois mandados de prisão preventiva. Prawuck e Lopes são acusados de fraudar em R$ 13,5 milhões do fundo de pensão de servidores do antigo Banco do Estado – o extinto Bemat.

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O esquema foi investigado pela Polícia Federal em Mato Grosso e terminou na operação Assombro, com dois advogados presos.

A reportagem apurou que também foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nas casas e escritório dos acusados.Os agentes apreenderam uma caminhonete Hilux e outros três carros- que não foram informados os modelos.

Apenas a caminhonete Hilux foi levada para o pátio da Polícia Federal, localizado na avenida Historiador Rubens de Mendonça, a do CPA. Os outros veículos menores foram deixados com um fiel depositário, no local da apreensão.

OAB

A Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB/MT) abriu um procedimento interno para apurar o envolvimento dos advogados Nelson Prawucki e Newman Pereira Lopes, acusados de desvios de recursos e lavagem de dinheiro. A Comissão de Ética e Disciplina vai avaliar o mérito das acusações e da conseguinte prisão dos advogados.

Em entrevista ao Olhar Jurídico, o presidente Maurício Audi, garantiu que a Ordem já está acompanhando os acontecimentos desde a manhã de hoje. Nas palavras do presidente, “o Tribunal de Defesa da OAB/MT já foi acionado para acompanhar o julgamento dos advogados”.

Esquema


O esquema foi investigado pela Polícia Federal em Mato Grosso e terminou na operação Assombro, com dois advogados presos.

O advogado Nelson Prawuck foi nomeado liquidante, após a extinção do Bemat em 1998. Ele ficou encarregado de pagar os credores, funcionários e fornecedores. O montante de R$ 85 milhões ficou sob a responsabilidade de Prawuck, que contratou empresa de prestação de serviços de assessoria ao Centrus, chefiada por Newman Pereira Lopes.

Além de quitar as dívidas, o liquidante teria ainda que repassar aos 450 servidores do extinto Bemat a pensão que tinham direito a receber, devido aos fundos arrecadados com as contribuições mensais.

O dinheiro seria pago pelo Estado em 18 parcelas, no entanto, ficou comprovado que os advogados estavam majorando os honorários e recebiam a maior parte do fundo, em detrimento aos servidores do Bemat.

Segundo a investigação, eles teriam utilizado de cláusulas contratuais sigilosas, estabelecendo o percentual de 57% em honorários advocatícios. De fevereiro a maio de 2012, o liquidante [ Prawuck] recebeu cinco parcelas do pagamento de R$ 4,8 milhões.

No entanto, segundo a PF não repassou o valor aos pensionistas e reteve o dinheiro, direcionado vários cheques a empresa fantasma, em que o endereço informado funcionada a boate Crystal Night Club, localizada no Bosque da Saúde.
Agora, com a prisão dos principais investigados, a Polícia Federal tenta rastrear para onde o dinheiro foi desviado e busca recuperar os valores, além de prender outros envolvidos no esquema.
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