Olhar Jurídico

Quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Notícias | Criminal

PELO MINISTÉRIO PÚBLICO

Defesa de suposto intermediário do assassinato de Zampieri pede para acusado prestar novo depoimento

Defesa de suposto intermediário do assassinato de Zampieri pede para acusado prestar novo depoimento
A defesa de Hidelerson Fialho Martins Barbosa, acusado de ter participado do assassinato do advogado Roberto Zampieri, 56 anos, ingressou com um pedido na 12ª Vara Criminal de Cuiabá para ele prestar um depoimento complementar na ação penal que apura a morte do jurista. Hidelerson é acusado de ser o intermediador do homicídio.


Leia também
DHPP conclui inquérito referente a mandantes da execução de Roberto Zampieri

 O pedido foi assinado pelos advogados Neyman Augusto Monteiro e Nilton Ribeiro de Souza. A solicitação ocorre após, segundo os juristas, o Ministério Público (MPE) ter anexado novos documentos ao processo, o que, segundo a defesa, impede o exercício pleno da autodefesa.
 
Durante a audiência de instrução e julgamento realizada no dia 22 de julho, a defesa de Hedilerson já havia solicitado a suspensão da sessão.
 
O pedido foi feito após o depoimento do delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que mencionou a existência de provas relacionadas ao cliente em outro inquérito policial (IP). A defesa argumentou que deveria ter acesso a essas provas antes do prosseguimento da audiência. Contudo, o pedido foi negado, e o interrogatório do acusado foi realizado.
 
Ocorre que, no dia seguinte ao encerramento da instrução, o órgão ministerial anexou novos relatórios de extração de dados ao processo, nos quais são mencionadas ligações e mensagens que, supostamente, indicam a participação de Hedilerson nos fatos investigados. Entre os documentos, há também uma imagem de passagem aérea que evidencia a presença do acusado em Cuiabá no período em que os crimes ocorreram.
 
A defesa alega que a juntada desses documentos após o interrogatório configura cerceamento de defesa, uma vez que Hedilerson não teve a oportunidade de se manifestar sobre as novas provas antes de ser interrogado. Os advogados destacam que o direito à autodefesa foi prejudicado, e, por isso, solicitam que o acusado seja ouvido novamente antes da apresentação das alegações finais.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet