Três membros do comando Vermelho que atuavam como lideranças da facção em Nortelândia e Arenápolis foram condenados por organização criminosa e tráfico de drogas, pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Na mesma sentença, publicada nesta sexta-feira (16), o magistrado absolveu outras duas rés.
Leia mais: Lagartixa, Xtreme, Jacaré, Sapatão e outros 15 são condenados por prejuízo de R$ 12 milhões em roubos de motos
Quebra de sigilo telefônico do celular de Lucas Diniz da Silva Campos, vulgo “Bagrão”, levou o Ministério Público a denunciar a organização criminosa. Os diálogos revelaram que ele e os outros condenados exerciam funções de disciplina e lideranças dos crimes locais.
“Bagrão”, João Vitor Neves da Silva e Paulo Ricardo de Souza Moraes foram condenados a três anos, 4 meses e 25 dias de reclusão cada um, por associação criminosa.
Os delitos apresentaram culpabilidade extremada, uma vez praticados como integrantes do Comando Vermelho. Além disso, a referida organização é conhecida por atos de extrema violência e voltada para a prática não apenas do comércio ilegal de entorpecentes, mas de outros delitos, como tortura, homicídio, roubo e lesão corporal, destacou o juiz na sentença de cada um.
Outras duas rés, Josiane de Oliveira Nascimento e Suellen Rios dos Santos, foram condenadas por tráfico de drogas, mas absolvidas da acusação de associação para o tráfico. Ambas as penas foram substituídas por medidas restritivas de direitos, a serem determinadas em audiência.
Todos os condenados terão o direito de recorrer em liberdade. João Vitor Neves da Silva e Paulo Ricardo de Souza Moraes, que cumprirão pena em regime aberto, terão que seguir medidas cautelares como recolhimento domiciliar noturno e proibição de frequentar certos locais.
(3)(1)(2).jpg "Lideranças do CV que atuavam no interior são condenadas por tráfico e organização criminosa")
