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Terça-feira, 10 de setembro de 2024

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VEJA LISTA DE CREDORES

Em RJ para renegociar R$ 154 mi, família dona de 4 mil hectares em MT deve R$ 58 milhões somente para bancos e fornecedores

Foto: Reprodução

Em RJ para renegociar R$ 154 mi, família dona de 4 mil hectares em MT deve R$ 58 milhões somente para bancos e fornecedores
Em recuperação judicial para renegociar passivo de R$ 154 milhões, o Grupo Franco Agro, que cultiva milho e soja em mais de 4 mil hectares entre Goiás e Mato Grosso, principalmente na Fazenda Primavera, em Santa Cruz do Xingu, apresentou a relação dos credores à justiça. Dentre os principais créditos, destaca-se os R$ 58 milhões do produtor Raphael Franco, que herdou a operação agrícola de seu avô, junto a instituições financeiras.


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Somente com o Banco do Brasil, o passivo é de R$ 34 milhões. Com o Bradesco e Sicoob, R$ 3.6 mi e R$ 5.6 mi, respectivamente. Silia Andrade Neto, que compõe o grupo, deve renegociar R$ 29 milhões, sendo a maioria deste total adquirido junto aos bancos, cédulas de produto rural, investimentos para o custeio da produção e empréstimos.

Em março, o juiz Renan Leão Pereira do Nascimento, da 4ª Vara Cível de Rondonópolis, deferiu o pedido de recuperação judicial feito pelos Franco, constatando que o conglomerado do agro cumpriu os requisitos para a medida. Com isso, foi determinado a blindagem do patrimônio do grupo de eventuais ações de execução por parte dos credores. Em julho, o Plano de soerguimento foi apresentado, mas ainda não houve homologação.

Proprietários das fazendas Primavera, em MT, Linda Flora e Guaraju, ambas em Goiás, os Franco produzem em Mato Grosso desde 2012, quando Raphael Franco decidiu expandir a operação, investindo R$ 53 milhões para tal.

Foi aí que as crises começaram e o Grupo não viu outra saída senão pedir o socorro judicial. Dentre outras razões que culminaram na crise, os Franco elencaram a pandemia da Covid, aumento no preço dos fertilizantes e queda no preço das sacas de soja e milho.

Além disso, elevação dos gastos com a abertura de novas áreas de cultivo e o aumento nas taxas de juros aplicadas a sua necessidade de crédito, eventos climáticos adversos, como secas, inundações e variações extremas de temperatura, afetaram a produção agrícola brasileira. A redução na produtividade das culturas e as perdas associadas, como a queda na safra de Soja 2023/2024, que se somou ao prejuízo de aproximadamente R$ 1milhão em sementes que não germinaram.

Em razão de todo o exposto, o nível de endividamento do Grupo alcançou a marca de alarmantes R$ 144 milhões em janeiro de 2024.

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