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Terça-feira, 10 de setembro de 2024

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DUPLO HOMICÍDIO

MP quer manutenção da prisão do algoz de Nenê Games, executado no Shopping Popular de Cuiabá

Foto: Olhar Direto

Da esquerda para direita Sílvio, Jocilene e Wanderlei

Da esquerda para direita Sílvio, Jocilene e Wanderlei

O promotor de Justiça Vinicius Gahyva Martins pediu a manutenção da prisão preventiva de Silvio Júnior Peixoto, assassino confesso do comerciante Gersino Rosa dos Santos, o Nenê Games, e Cleyton de Oliveira de Souza Paulino, executados a tiros no Shopping Popular, Cuiabá, em novembro de 2023.


Leia mais: Algoz de Nenê Games confessa que quase hesitou, mas tomou fôlego e executou o comerciante por R$ 10 mil

Em manifestação enviada na sexta-feira (9) à 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Gahyva anotou que defesa de Silvio não levou ao processo fatos novos que pudessem alterar o entendimento que decretou sua prisão.

“Contudo, no caso em tela não há nenhuma alteração fática nos autos que autorize a revogação da prisão do requerente, bem como sequer foram trazidos aos autos elementos que demonstrassem a mudança do cenário fático, e que fossem aptos a autorizar a restituição do status libertatis ao réu”, anotou Gahyva.

O promotor ainda acrescentou a gravidade concreta do crime, que revelou a periculosidade de Silvio, evidenciando que sua prisão preventiva é necessária para a garantia da ordem pública.

Isso porque, conforme Gahyva destacou, o homicídio é extremamente grave, e foi cometido por motivo torpe, mediante promessa de recompensa, recurso que dificultou a defesa da vítima e ação que resultou em perigo comum, uma vez que o alvo era Nenê Games e, contudo, Clayton também foi atingido e morto.

Em depoimento prestado em audiência de instrução e julgamento, ocorrida no dia 26 de julho, Silvio revelou que quase abdicou da missão, a qual aceitou mediante R$ 10 mil.

O algoz de Nenê e Cleyton foi contratado por Jocilene Barreiro da Silva e Wanderlei Barreiro da Silva, mãe e filho, acusados de serem os mandantes do crime. Cleyton não era o alvo, mas foi atingido por engano e morreu.

Segundo o delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a “cabeça” de Nenê foi encomendada por motivos de vingança. Nenê teria ordenado o assassinato de Girlei Silva da Silva, de 31 anos, conhecido como Maranhão, que era filho de Jocilene e irmão de Wanderlei.

Silvio Júnior Peixoto, 26 anos, então, foi contratado para invadir o Shopping Popular, onde Nenê tinha uma loja, para vingar a morte de Maranhão. O atirador foi localizado em Uberlândia, Minas Gerais. Durante as investigações, o delegado já havia adiantado que Silvio não era um executor assíduo, o que foi corroborado no depoimento que prestou hoje, afirmando que quase hesitou.

"Como vimos nas imagens, ele não é uma pessoa com segurança. Não é um executor assíduo, é a primeira vez que ele praticou esse tipo de crime e nas imagens da pra ver que ele ficou medo, quase desistiu de executar. Ele foi coaptado por um ou mais pessoas e agora a segunda fase da investigação vai fazer buscas pelos mandantes", ressaltou o delegado.
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