A promotora eleitoral Lindinalva Correia Rodrigues se manifestou contra o pedido de Abilio Brunini (PL) para considerar fake news a informação de que é seu assessor o jornalista Rafael Costa Rocha, que produziu e distribuiu em Cuiabá um jornal apontado pelo União Brasil como autor de fake news contra o candidato a prefeito Eduardo Botelho (UNIÃO). O parecer é desta terça-feira (6).

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Abílio pediu que o post de Botelho se defendendo dos ataques divulgados no jornal “O Coletivo” fosse censurado em todas as redes sociais por afirmar que Rafael, jornalista recorrentemente contratado pelo candidato do PL, justamente por revelar essa ligação. 

Primeiro, a Justiça indeferiu a tutela de urgência pleiteada por Abílio. Agora, o Ministério Público Eleitoral se manifestou contra o pedido por entender que para descaracterizar como assessor do candidato do PL o jornalista autor do jornal seria necessária uma “profunda” discussão de questões técnicas.

“Analisando o conteúdo do vídeo, não se verificam presentes elementos capazes de configurar propaganda eleitoral negativa antecipada, pois o Representado não faz pedido de não voto em desfavor do pré-candidato Abilio Brunini, não proferiu falas que maculasse a imagem ou a honra dele ou divulgou fato que possa ser considerado pela Justiça Eleitoral como sabidamente inverídico, pois a percepção da inverdade deve ser imediata e não requerer uma investigação aprofundada, o que não se verifica no caso em exame”, argumentou a promotora eleitoral.

Rafael é sócio-administrador da empresa responsável pelo Jornal do Coletivo e proprietário da empresa JC Comunicação LTDA, a qual foi alvo de duas buscas e apreensões por conta do jornal “O Coletivo”, que foi distribuído com informações contra Botelho que o União Brasil alega serem fake news.