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'preso político'

Advogada diz que coronel do Exército acusado de mandar assassinar Zampieri está preso por ser apoiador de Bolsonaro

22 Jul 2024 - 13:27

Da Redação - Rodrigo Costa / Do Local - Luís Vinicius

Foto: Reprodução

Coronel Caçadi (esquerda)

Coronel Caçadi (esquerda)

Sarah Quinetti Pironi, advogada do coronel do Exército Etevaldo Caçadini, réu apontado como um dos mandantes do assassinato do advogado Roberto Zampieri, em 2023, afirmou que seu cliente está preso apenas por ser apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração foi feita em entrevista ao Olhar Direto na tarde desta segunda-feira (22), momentos antes da audiência de instrução para ouvir testemunhas e interrogatório dos réus. 


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“Nós consideramos o coronel Caçadini, um homem que serviu à nação brasileira por mais de três décadas, um preso político. Hoje é um preso político por conta disso [ter apoiado Bolsonaro], porque ele tinha diversas frentes em vários estados. Ele não tem ligação com essa barbaridade que aconteceu. Ele é contra qualquer tipo de crime. É um homem que, como eu disse, defendeu a nossa nação, ele chegou no mais alto patamar da corte, sem nenhuma infração, nenhuma penalidade, muito respeitado em todo o Brasil”, disse. 

Caçadini chegou ao Fórum uma viatura das Forças Armadas, onde será ouvido na tarde desta segunda-feira (22), em audiência relativa ao caso. No último veículo, foi possível ver uma cadeira de rodas. 

O fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo, de 74 anos, indiciado neste mês como o principal mandante do assassinato do advogado, disse que conheceu o coronel reformado e tido como intermediador do crime, no grupo chamado "Frente Ampla Patriota", de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Neste grupo, segundo as investigações, Aníbal teria confidenciado o desejo de matar Zampieri porque acreditava que o jurista tinha uma suposta influência no alto escalão no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Com isso, perguntou ao coronel se conhecia alguém que pudesse cometer o crime.

A defesa do coronel alega que ele está em tratamento de câncer de próstata e que a saúde dele está muito debilitada. "Ele está com diversas comorbidades comprovadas e laudadas, não somente pelos médicos do exército, mas também com os médicos que já tratavam dele em Belo Horizonte. E com todo esse tempo encarcerado, as comorbidades aumentaram e muito, ele perdeu 16 quilos, como vocês puderam ver, ele chegou de cadeira de roda e realmente a situação de saúde dele é muito grave. Ele já tem 70 anos".

Na última sexta-feira (19), a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, negou suspender a audiência de instrução e julgamento designada para inquirir os envolvidos na execução. Ela também manteve a prisão de Antônio Gomes da Silva, suposto autor dos disparos que ceifou a vida do advogado Roberto Zampieri.

 
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