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Sábado, 27 de abril de 2024

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HADES

Empresário detido em operação contra o tráfico é mantido preso e juiz pede transferência para Alagoas

Foto: Reprodução

Empresário detido em operação contra o tráfico é mantido preso e juiz pede transferência para Alagoas
O juiz Jean Garcia Freitas Bezerra homologou a prisão e solicitou a transferência de José Clovis Pezzin de Almeida, empresário conhecido como Marllon Pezzin, a unidade prisional de Alagoas, onde a Polícia Civil deflagrou operação para investigar esquema criminoso de tráfico de drogas em larga escala, além de lavagem de dinheiro. Marllon passou por audiência de custódia nesta quinta-feira (1).

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“Hígido o ato prisional, homologo-o. No mais, oficie-se ao Juízo de origem solicitando a transferência do segregado à Unidade Prisional daquela jurisdição, nos termos do art. 289, §3º, do Código de Processo Penal”, proferiu o magistrado.

Marllon foi detido durante cumprimento de mandado de prisão. Recentemente, ele se envolveu em um acidente de trânsito na Estrada da Guia que deixou um jovem de 20 anos em coma. Ele também já foi preso acusado de agredir a ex-namorada em 2022.

Ao todo, a operação tentou cumprir em MT 13 mandados, sendo três de prisão e 10 de busca e apreensão. Em Cuiabá, policiais fizeram buscas em residências de Marllon.

A operação foi denominada Hades. O trabalho investigativo começou em março de 2021 pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), da Polícia Civil de Alagoas, para apurar a movimentação criminosa de quatro pessoas, sendo dois casais, em atividades ilícitas.

Os mandados foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital de Alagoas, após parecer favorável do Gaeco, do Ministério Público de Alagoas, com base nas provas técnicas apresentadas pela Dracco.

Ao todo são 79 mandados de prisão e 228 de busca e apreensão nos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.

Dois casais foram identificados e lideravam duas organizações de forma independente: uma em Alagoas e outra no Pará, porém com pontos em comum, como membros que pertenciam às mesmas facções criminosas de âmbito nacional e um esquema muito sofisticado de lavagem dinheiro.

Organizações em Alagoas e no Pará

Em Alagoas, a organização atuava principalmente em Maceió, no bairro da Levada e adjacências. O casal também realizava a distribuição de drogas para outros municípios do estado onde há predominância da facção criminosa que o indivíduo integra.

Também ficou constatado ao longo da investigação que os fornecedores que abasteciam o mercado alagoano eram do estado de São Paulo. Eles recebiam as drogas do Mato Grosso do Sul, estado que faz fronteira com Paraguai e Bolívia, que são grandes produtores de drogas.

Já a segunda organização criminosa alvo da operação, era liderada por um homem natural do Pará, mas que morou muito tempo em Alagoas e estabeleceu o comando do tráfico de drogas em bairros da área nobre de Maceió, como Ponta Verde, Jatiúca, Pajuçara, Mangabeiras e Jacarecica. Ele também estava à frente de atividades ilícitas no Pará.

A droga que era vendida por este grupo criminoso tinha como origem fornecedores do estado do Amazonas, que faz fronteira com a Colômbia e o Peru, primeiro e segundo maiores produtores de cocaína do mundo, respectivamente.
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