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Domingo, 28 de abril de 2024

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Áudio revela violência cometida por suplente de deputado ao chamar ex de 'vagabunda' e 'biscatinha velha'

Foto: JL Siqueira - ALMT

Áudio revela violência cometida por suplente de deputado ao chamar ex de 'vagabunda' e 'biscatinha velha'
Áudio obtido pelo Olhar Jurídico revela agressões verbais que o suplente de deputado e ex-prefeito de Matupá, Valter Miotto, supostamente cometeu contra a sua ex-esposa, Edilaine Claro, que inclusive conseguiu medidas protetivas contra por conta de episódios de violência doméstica. Ouça o áudio ao final da matéria.

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A vítima foi chamada de "Vagabunda" e "biscatinha velha”. Há ainda na gravação a afirmação de que ela mantém relações com outras mulheres.

O áudio consta na ação de reconhecimento e dissolução de união estável com pedido de medidas protetivas de urgência e alimentos provisionais (pagamento de pensão no valor de R$ 40 mil) que ela move contra o ex.

A Justiça acatou a solicitação e impôs quatro ordens judiciais. A decisão é de novembro de 2023, quando o emedebista estava ocupando uma das cadeiras da Assembleia Legislativa (ALMT) como suplente de deputado estadual.

Acatando o pedido de Edilaine em partes, o juiz Anderson Clayton Dias Batista, da 2ª Vara de Peixoto de Azevedo, determinou que Miotto se afastasse do domicílio do casal, o proibiu de manter contato com a vítima e impôs pagamento de pensão.
 
Por outro lado, o juiz negou a suspensão de posse ou restrição de porte de arma, pois alegou que o ex-prefeito não possui arma de fogo. A solicitação para que o investigado frequente programas de recuperação também não foi autorizada.

Valter Miotto combateu a decisão via recurso e o desembargador Dirceu dos Santos, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), manteve as medidas protetivas, mas determinou que a ex-esposa desocupasse a residência do casal. O áudio foi incluído no processo.

A vítima relata que, durante todo o relacionamento, sofreu violência psicológica, sendo agredida verbalmente. Além disso, ela denunciou que era proibida de sair publicamente sem a permissão do ex-prefeito e de colocar o seu sobrenome na filha do casal. Ela ainda afirma que “sempre foi tratada como um objeto pelo suspeito”.

Produrada, a assessoria de Miotto afirmou que já está ciente sobre o áudio, mas que, no momento, ele não vai se manifestar. 
 
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