O empresário Willians Paulo Mischur, suposta vítima de extorsão praticada em obediência ao ex-governador Silval Barbosa, entregou R$ 600 mil ao ex-secretário de Administração, Pedro Elias, no estacionamento de um prédio.

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As informações constam na denúncia formulada pela promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco Silva, no dia 12 de abril, em conseqüência das diversas fases na Operação Sodoma.

Mischur, dono da empresa Consignum, afirmou em depoimento que teria sido obrigado a pagar valores mensais para garantir a manutenção do seu contrato junto ao governo do estado. Alguns dos encontros para tratar dos pagamentos ocorreram, conforme depoimento, sob forte tensão.

Conforme os autos, a suposta organização criminosa promovia encontros fora do expediente e em locais reservados. Assim, em uma determinada data, ao escurecer, Pedro Elias se dirigiu ao prédio onde reside Willians e, seguindo orientações, entrou com o seu veículo na garagem, estacionando ao lado do veículo do empresário. Em seguida, “3 ou 4” sacolas com dinheiro foram entregue.

O valor, aproximadamente R$ 600 mil, seria extorsão acumulada durante o período em que o empresário não repassou o dinheiro, por suposta dúvida sobre para quem deveria ser entregue o montante.

O Ministério Público de Mato Grosso denunciou 17 pessoas. Entre os nomes estão o ex-governador Silval Barbosa, o ex-deputado estadual José Riva e o ex-prefeito de Várzea Grande, Wallace dos Santos Guimarães.

São denunciados, ainda, Marcel Souza de Cursi, Pedro Jamil Nadaf, Rodrigo da Cunha Barbosa, Silvio Cezar Correa Araújo, José Jesus Nunes Cordeiro, César Roberto Zílio, Pedro Elias Domingues, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, Karla Cecília de Oliveira,Tiago Vieira de Souza, Fábio Drumond Formiga, Bruno Sampaio Saldanha, Antonio Roni de Liz e Evandro Gustavo Pontes da Silva.